Mesmo com o distanciamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus, a Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA permanece atenta e criando novas maneiras de acompanhar seus assistidos neste período. Assim, a instituição vem acompanhando por telefone a situação das famílias de adolescentes atendidos em diversos projetos para saber como eles estão enfrentando este momento.

Cerca de 90 famílias de adolescentes foram contactadas pelos servidores do Núcleo de Apoio Psicossocial, que integra a Especializada da Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente da Defensoria. A equipe abordou com os familiares assuntos relacionados ao auxílio emergencial do Governo Federal, ou mesmo se há algum problema com a documentação necessária para garantir esse direito.

Também foram feitas orientações sobre subsídios ofertados pelo Governo Estadual, como o pagamento das contas de água para famílias no cadastro social da Embasa e a distribuição de vale alimentação para estudantes de escolas estaduais, além da emissão de segunda vida de documentos, trabalho este que no qual a Defensoria vêm auxiliando o governo do Estado.

Estrutura familiar

Segundo a defensora Gisele Aguiar, coordenadora da Especializada da Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente da Defensoria, é necessário um acompanhamento não só dos adolescentes assistidos por meio de projetos como o “Abraçando Vidas” ou mesmo aqueles egressos de medidas socioeducativas, mas também verificar a sua estrutura familiar.

“Como agora o afastamento físico da Defensoria com estes adolescentes é obrigatório, fica ainda mais evidente a necessidade de nos aproximarmos de suas famílias, mesmo que por telefone. Esse contato é importante não só para garantir os direitos deles, mas também para que a gente não perca laços com seus familiares”, explica a defensora Gisele Aguiar.

Além deste levantamento da situação dos familiares dos jovens acompanhados pela Defensoria, o Núcleo de Apoio Psicossocial vêm prestando um trabalho muito importante de suporte para as ações dos defensores neste período de pandemia, como afirma a defensora.

“O trabalho aqui não para e precisamos demais do Núcleo de Apoio Psicossocial porque estas crianças e adolescentes estão, em sua maioria, em situação de risco. É a equipe do Núcleo que entra em contato com toda a rede de assistência social e de saúde, além de também falar diretamente com estes jovens e suas famílias. É algo essencial para nós, defensores”, completa Gisele Aguiar.

Atualmente, a equipe do Núcleo de Apoio Psicossocial da Defensoria é formada por três assistentes sociais (Larisse da Silva Couto, Rita Ferreira de Jesus e Taiane Carolina Garrido Gomes), uma psicóloga (Roberta Reis Andrade de Araújo) e mais duas estagiárias (Clara Maiana Neves da Conceição e Ita Leticia Alencar de Menezes).