COMUNICAÇÃO

CORONAVÍRUS – Vacinação de crianças e adolescentes em unidades de acolhimento tem início após recomendação da Defensoria

13/05/2020 12:17 | Por Tunísia Cores - DRT/BA 5496 | Foto: Município de Pescaria Brava

Imunização contra Influenza contempla cerca de 280 internos, de 0 a 17 anos incompletos, em 14 abrigos

Teve início nesta semana a vacinação contra o vírus da Influenza (gripe) de crianças e adolescentes que se encontram em Unidades de Acolhimento Institucional de Salvador, após recomendação feita pela Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA à Secretaria Municipal de Saúde – SMS. Cerca de 280 internos entre 0 e 17 anos incompletos estão sendo imunizados em 14 unidades de acolhimento, em gestão articulada também com a Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza – SEMPRE.

Para realizar a vacinação, as equipes de saúde estão sendo deslocadas até os espaços onde estão localizadas as crianças e adolescentes. A vacina não protege contra o novo Coronavírus, mas auxilia profissionais de saúde a descartarem as influenzas na triagem, o que torna mais eficaz o diagnóstico a respeito da Covid-19.

Atuante na Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, o defensor público Pedro Fialho atuou nas recomendações feitas aos órgãos responsáveis pela imunização e comentou sobre o impacto da ação para este público.

“Trata-se de um público vulnerável, necessariamente acolhido em espaços nos quais há um certo quantitativo de pessoas, e a preservação de sua saúde por meio da vacinação auxilia nas medidas e cuidados a serem tomados em relação ao momento de excepcionalidade da Covid-19. Também permite a Defensoria Pública estabelecer um diálogo com o Poder Público para fins de direcionar de modo eficiente e responsável as gestões e recursos nesse período excepcional”, explica.

A rotina de vacinação ainda está em curso nas unidades e vem sendo acompanhada pela Defensoria Pública. Pedro Fialho destaca ainda algumas iniciativas da Instituição para assegurar os direitos dos internos em situação de acolhimento institucional.

“A Defensoria Pública também já recomendou, bem como endossou outras recomendações, quanto aos cuidados epidemiológicos para o período. A Instituição segue normalmente seu trabalho comum para que os acolhidos tenham restabelecida sua convivência familiar sendo desabrigados”, explicou Fialho.

Coordenadora da Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, a defensora pública Gisele Aguiar ressalta que as crianças e adolescentes em unidades de acolhimento não estavam como prioridade tanto a nível federal quando de secretaria municipal de saúde na Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, iniciada em 23 de março.

“Então, a Defensoria Pública fez a recomendação para expor a situação dessas crianças e adolescentes, colocar a situação para debate e, assim, nós conseguimos garantir a antecipação das vacinas dessas crianças e adolescentes nos abrigos de Salvador”, explica.