O "Varalzinho Solidário", com roupas infantis para serem doadas para crianças do bairro Rio Sena em homenagem ao Dias das Crianças, marcou o segundo dia do projeto Defensoria Cidadã Itinerante na Base Comunitária de Segurança local. Parceria entre Defensoria Pública do Estado da Bahia e Secretaria de Segurança Pública, o projeto oferece palestras e orientação jurídica aos moradores do bairro durante as manhãs das sextas-feiras do mês de outubro.

Roupas, calçados e brinquedos para crianças e bebês foram disponibilizados para a comunidade que compareceu a Base Comunitária do Rio Sena. Mais de 300 itens, doados por defensores, servidores e estagiários da Defensoria Pública e pelo grupo Voluntário de Coração, foram distribuídos. "Meus filhos não teriam presente de Dia das Crianças porque estou desempregada e não tenho dinheiro para comprar. Aproveitei a oportunidade hoje e vim aqui para que ele escolhesse um brinquedo", disse Maria Helena da Silva.

Mas os moradores do Rio Sena também receberam informações sobre direitos humanos e orientação jurídica para resolver conflitos em diversas áreas. "A Defensoria precisa se aproximar da comunidade, assim como a comunidade precisa conhecer o trabalho da Defensoria. Um projeto como o Defensoria Cidadã Itinerante, que traz Defensoria Pública do Estado, Defensoria Pública da União, Procon e uma série de serviços promove o acesso das pessoas à Justiça", disse a subcoordenadora de Direitos Humanos, Eva Rodrigues, ressaltando que quando a população conhece seus direitos, consegue exercer a cidadania de forma mais plena.

Atendimentos

Depois de comparecer na primeira semana de atendimento do projeto em busca de informações, Samanta Cardoso, 31, retornou a Base Comunitária com a documentação solicitada para dar início ao processo de divórcio. "Vim na semana passada e peguei informações dos documentos necessários. Fui muito bem atendida pelos defensores, não tenho do que me queixar", disse.

Adriana Cardoso Santos, 24, compareceu a BCS com sua filha recém-nascida para uma investigação de paternidade "post mortem". Para auxiliar no processo ainda compareceram na Base, a mãe e duas irmãs do suposto pai para realização do teste de DNA.

Ações de mediação de conflitos, que objetivam evitar a judicialização, também foram registradas. A defensora pública Soraia Ramos promoveu uma mediação entre Jailda Santana e Erivelton Souza. A assistida alegava que seu ex – companheiro não cumpria o que já tinha sido acordado entre as partes em uma ação anterior relativa à pensão alimentícia, a guarda e visita do filho. "Expliquei que o valor estava defasado e tinha que ser atualizado. Portanto, a partir deste mês ele já vai pagar o valor correto. Também tratamos das despesas extras que tem que ser compartilhada por ambos", esclareceu a defensora pública.

O projeto Defensoria Cidadã Itinerante prosseguirá na Base Comunitária de Segurança do bairro Rio Sena na próxima sexta-feira, 16. É necessário levar RG, CPF e comprovante de residência para o atendimento.