Formação e Aperfeiçoamento em Mediação e Técnica Autocompositivas para Defensores Públicos. Este foi o tema do curso realizado entre os dis 24 e 26 de novembro, em Brasília, fruto de uma parceria entre a Secretaria de Reforma do Judiciário (SRJ) e do Conselho Nacional de Defensores Públicos gerais (Condege). O curso tem o objetivo de formar Defensores Públicos de todas as unidades da Federação para utilizarem a mediação como técnica, a fim de facilitar diálogos e prevenir conflitos. Além disso, a proposta é que estes defensores atuem como multiplicadores em seus estados.

As defensoras públicas Tatiane Franklin, Daniela Azevedo e Elizete Reis estiveram presentes no curso representando a Defensoria Pública do Estado da Bahia. Para Tatiane Franklin, participar de um curso deste é de grande importância e trabalha no desenvolvimento de técnicas de mediação. "Este curso incentiva um novo olhar para o conflito e possibilita chegar a uma solução de maneira extrajudicial para os casos dos nossos assistidos", afirmou a defensora.

Outra questão abordada no curso foi a importância da multiplicação destas técnicas com líderes comunitários para que eles também possam contribuir como mediadores de conflitos. "Antes eu achava que somente profissionais de direito podiam fazer mediação. Agora não, enxergo a possibilidade de agentes comunitários serem mediadores em suas comunidades", concluiu Tatiane Franklin.

O curso sugeriu ainda a implantação de núcleos de mediação nos estados que ainda não tem este modelo de atendimento e o fortalecimento nas unidades que já dispõem. A Defensoria Pública da Bahia irá implantar um núcleo de mediação na Unidade Integrada de Atendimento que irá funcionar em breve no Instituto do Cacau, no bairro do comércio, em Salvador. A previsão é que a nova sede receba em média 1.300 pessoas por dia.