COMUNICAÇÃO

Defensores se reúnem com lideranças da Penitenciária Lemos de Brito

25/01/2010 22:58 | Por

A Defensoria Pública do Estado da Bahia realizou, nesta segunda-feira, 25, uma reunião com lideranças dos internos da Penitenciária Lemos de Brito (PLB). O objetivo foi apresentar as ações desenvolvidas pela instituição no atendimento dos apenados e ouvir as suas reivindicações.

Na ocasião, foram protocoladas cerca de 800 petições referentes ao mutirão processual da Vara de Execuções Penais, realizados entre setembro e outubro do ano passado. As petições solicitaram a concessão de benefícios aos internos, como progressão de regime, livramento condicional e até extinção de pena. “Apresentamos estes resultados para que eles pudessem visualizar o trabalho que tem sido realizado pela Defensoria na assistência jurídica dos internos”, explica Rafson Ximenes, um dos defensores que atua na Penitenciária. “Foi uma reunião importante, pois eles são multiplicadores dentro da PLB e compreenderam as possibilidades e limitações da instituição”, conclui.

A reunião, realizada na unidade, contou com a participação de nove lideranças dos internos. Atualmente, a PLB abriga cerca de 1.400 presos em regime fechado, sendo que 82% são atendidos pela Defensoria. No mutirão, os defensores analisaram 1.197 processos. “Os internos se mostraram satisfeitos de perceber que, mesmo sem atendimento individual, a Defensoria tem trabalhado por eles”, frisou a defensora Larissa Guanaes.

Mediação - Durante a reunião, os defensores ouviram uma série de reivindicações das lideranças sobre as condições na Penitenciária. “Nós explicamos a eles que, como defensores, somos um canal de comunicação com a sociedade, e que podemos atuar como mediadores políticos junto à direção do presídio”, explicou o defensor Rafson Ximenes.

Entre as queixas dos internos estão as restrições às visitas, aos alimentos e a pouca oferta de trabalho. “Mas também deixamos claro que não concordamos com todos os aspectos das reivindicações, e que trabalharemos para conseguir tudo o que for possível e legal”, ressaltou Larissa Guanaes.