COMUNICAÇÃO
Defensoria acompanha cortejo da Lavagem do Bonfim
A Defensoria Pública da Bahia, em parceria com a Associação dos Defensores do Estado da Bahia-Adep, esteve presente, mais uma vez, na tradicional Lavagem do Senhor do Bonfim. Distribuindo material informativo sobre os serviços da instituição, defensores e servidores públicos interagiram com o cidadão, divulgando o projeto de atuação durante as festas populares de Salvador, culminando com o Carnaval 2013.
Seguindo a tradição, após a realização de um culto ecumênico no adro da Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia, que reuniu autoridades políticas e representantes de instituições, entre elas, a defensora pública geral, Célia Padilha, uma queima de fogos deu início à caminhada rumo à colina sagrada. “Como todos os anos, a Defensoria participa da Lavagem do Bonfim por reconhecer a importância de uma festa popular como esta. Aproveitamos a oportunidade para mostrar ao cidadão qual é o nosso papel, que é o de garantir a justiça às pessoas que precisam, e esclarecer a atuação da instituição durante as festas populares”, explicou Célia Padilha.
Para a jornalista Amineres Santiago, que mora em Brasília e pela primeira vez acompanhou o cortejo, a beleza da festa do Senhor do Bonfim está ligada ao sincretismo e à diversidade. “Sempre tive vontade de participar desta festa e o que mais me impressiona é a mistura de religiões, a tradição e a fé das pessoas”. A turista também elogiou o trabalho da Defensoria, instituição, segundo ela, de grande importância para a sociedade. “Já tive a oportunidade de, em dois momentos, comprovar a seriedade do trabalho da Defensoria Pública em Brasília. Aqui, na Bahia, sei que também é feito um ótimo trabalho, mas que possuem um quadro limitado de defensores”, lembrou Amineres.
PROTESTO
Este ano, o grupo formado por defensores, servidores e colaboradores da Defensoria, além de levar para o percurso informações à população sobre o papel da Defensoria Pública, desfilou com uma faixa em sinal de protesto contra o veto da presidenta Dilma Rousseff ao Projeto de Lei 114/2011, que prevê maior autonomia financeira para todas as defensorias do país.
O Projeto, que modifica a Lei de Responsabilidade Fiscal, autoriza os estados a gastarem até 2% da receita corrente líquida com pessoal da Defensoria Pública. O PL determina ainda que os recursos saiam integralmente do montante destinado ao Executivo.“O estado de lamentação entre os defensores é geral. A sociedade precisa da Defensoria Pública e, infelizmente, vimos neste caso a vontade política acima da vontade da sociedade”, afirmou o defensor público Vinícius Acciolly, sobre a decisão da presidente.De acordo com a presidente da Adep, Soraia Ramos, "Nós estamos pedindo que a sociedade civil ajude para que os parlamentares derrubem o veto. Nós estamos em contato com os deputados de todos os partidos, porque não é uma coisa pontual. É uma unanimidade e todos estão com esse interesse em derrubar o veto porque, com esse veto, a gente não vai conseguir ampliar a defensoria pública” afirmou Soraia.
A Associação Nacional dos Defensores Públicos - Anadep e as e as associações dos Estados e do Distrito Federal convocaram os defensores públicos de todo o país para participarem da mobilização nacional pela derrubada do veto da presidente da República. A Anadep organizará um grande Ato Nacional, no Congresso Nacional, com o tema "Defensoria Sim! Veto não", visando sensibilizar os deputados e senadores sobre a importância do projeto que regulamenta a autonomia financeira da Defensoria Pública. O encontro acontecerá no dia 06 de fevereiro, às 9h, em Brasília.
QUEM TEM FÉ, VAI A PÉ
Ao final do percurso, dezenas de baianas lavaram as escadarias da igreja de um dos santos mais populares do estado e aproveitaram para abençoar os fiéis que conseguiram completar, a pé, o percurso de 8 km, do Comércio ao Bonfim. A Lavagem do Senhor do Bonfim é considerada a maior festa religiosa da Bahia e uma das principais manifestações culturais do país.
CARNAVAL 2013 – Durante o carnaval, os defensores públicos estarão nos postos fixos e nas ruas em atividades itinerantes nos principais circuitos da festa, prestando orientação e atendendo aos cidadãos que sofram qualquer tipo de violação aos direitos humanos; nas áreas de saúde, criminal, proteção à criança e adolescência, violência contra mulher, além de acompanhamento dos flagrantes que serão lavrados durante o período momesco.