COMUNICAÇÃO
Defensoria adota novo modelo de sede e inaugura primeiro Econúcleo em Irará
Formado por estruturas modulares, novo modelo conta com placas solares e é sustentado nos pilares da economia, sustentabilidade e responsabilidade social
A Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA inaugurou na tarde desta quinta-feira, 13, o seu primeiro Núcleo Ecológico (Econúcleo) na cidade de Irará e que marca o novo modelo de sedes que, a partir de agora, serão construídas pela Instituição em continuidade ao seu projeto de expansão e interiorização. A unidade ganhou o nome de ‘Menina Jesus’ em homenagem à música do cantor e compositor Tom Zé, que é natural de Irará e aborda, em um dos trechos da música, o acesso a serviços essenciais.
Sem esconder a satisfação em ver tudo pronto depois de apenas dois meses [tempo recorde] de obra, o servidor que atua no Setor de Planejamento de Obras, o engenheiro civil José Maurílio Junior, destacou o quanto a DPE/BA acertou em adotar este novo modelo de sede, que foi inspirado na Defensoria do Maranhão. “A sensação é de dever cumprido. Este é um novo modelo muito mais rápido, econômico e sustentável e que, com certeza, vai fazer a Defensoria chegar mais rápido às cidades. Que venham mais Econúcleos”, torceu o servidor, que participou da inauguração ao lado do coordenador técnico Ademário Bastos Santos Filho e revelou que já está de malas prontas para acompanhar o início das obras em outra cidade.
Além da sede, a Defensoria levou para Irará a novidade que a população será atendida por uma conterrânea: a defensora pública, Lavínie Eloah Cerqueira Pinho, que atuará com o defensor Eduardo Herbert Lordão Souza. “Irará é e sempre será a minha lente de ver a vida. Retornar pra cá é aquele momento em que a vida diz que ‘viver é melhor que sonhar’”, contou, emocionada, a defensora pública, que lembrou de outras personalidades marcantes da cidade. “Teremos a responsabilidade de buscar efetivar os direitos de pessoas que, antes, por circunstâncias diversas, não tiveram acesso à justiça”, lembrou o defensor Eduardo Lordão.
“Já sei qual é o caminho que vou pegar se, qualquer dia, precisar”
A notícia da chegada da Defensoria foi veiculada nas emissoras de rádio locais e nos carros de som que circularam pelas ruas da cidade. Assim que ouviu a novidade, o vendedor Iuri Gomes, 55 anos, gravou o dia e o horário e lá estava para testemunhar o momento que entrou para a história da cidade. “É uma Instituição que faz um trabalho muito importante de defender os direitos das pessoas que não têm dinheiro para pagar um advogado. Eu mesmo não tenho [dinheiro] e já sei qual é o caminho que vou pegar se eu, qualquer dia, precisar”, prometeu o vendedor.
O caminho que Iuri e toda a população de Irará que precisar da assistência jurídica integral e gratuita vai pegar é o da Rua das Palmeiras, Loteamento Vivendas das Flores do Campo, Quadra 8, s/n, no centro de Irará. O horário de funcionamento é de segunda a quinta-feira, das 8 às 17h, e sexta-feira, das 8 às 14h. A unidade vai atender também aos moradores das outras cidades/distritos que fazem parte da comarca de Irará: Água Fria, Bento Simões, Boa Espera, Ouriçangas, Pataíba, Pedrão e Santanópolis. “Abrimos hoje as portas do nosso Econúcleo e, a partir da segunda-feira, dia 24, vamos começar o atendimento ao público”, reforçou a coordenadora da 1ª Regional da Defensoria, sediada em Feira de Santana e que vai abranger Irará, Liliane Miranda do Amaral.
Localizado em um terreno com 420m2 de área total, que foi doado pela Prefeitura de Irará, o Econúcleo da Defensoria é formado por quatro estruturas modulares, que tem entre os seus diferenciais as placas de energia solar, e conta com recepção, dois gabinetes, salas de triagem, apoio, Central de Mediação e Conciliação – CMC e Núcleo de Atendimento Psicossocial – NAP, sanitários e copa, além de ampla área verde e estacionamento. A sede dispõe, também, de recursos de acessibilidade, como rampa, piso e mapa táteis, sanitários adaptados para pessoas com deficiência e é a primeira do interior a ter sinalização em braille.
“Criamos um modelo de construção que, para começar a funcionar, procuramos 25 municípios e Irará foi o primeiro que deu as condições para a Defensoria chegar. Quando a gente chega, chega para ficar! A marca da nossa gestão é essa: dizer que a Defensoria Pública não pode ser pensada só para a capital, ela tem que ser pensada para o Estado como um todo. É isso que faz o nosso Plano de Expansão, que faz a gente pensar em chegar a mais cidades e reforçar a nossa atuação”, ressaltou, antes de descerrar a placa de inauguração, o defensor público geral, Rafson Ximenes.
Se a sede da Defensoria leva a música até no nome, a cerimônia de inauguração foi marcada pelas boas-vindas ao som da Filarmônica 25 de dezembro e a calçada em frente à unidade ficou lotada. Com defensores(as) públicos(as) e servidores(as) atendendo ao convite para ver, de perto, o primeiro Econúcleo da Instituição, a inauguração também contou com as presenças da subdefensora pública geral, Firmiane Venâncio, da corregedora-geral Liliana Cavalcante, do coordenador das Defensorias Regionais, Walter Fonseca, da ouvidora-geral Sirlene Assis, da diretora administrativa Ana Lúcia Antunes Faria e do presidente da Associação das Defensoras e Defensores Públicos da Bahia – ADEP/BA, Igor Santos.
Quem também aceitou o convite feito pela Defensoria foi o prefeito Derivaldo Pinto Cerqueira, o poeta João Martins, a procuradora-geral do Município, Isadora Oliveira, o presidente da Câmara de Vereadores, Genivaldo Silva (Gene), a juíza-diretora do Fórum Cândido Vianna de Castro, Gabriela Nunes, o deputado estadual Ângelo Almeida, a promotora de justiça Lara Leone, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção Serrinha, Nelson Cardoso Filho, o delegado Antônio Luciano Lima, o presidente da Filarmônica 25 de dezembro, Sérgio Mendes, e o maestro Levi Maia, além de vereadores, secretários municipais, policiais militares e familiares dos defensores que vão atuar na cidade.