COMUNICAÇÃO
Defensoria busca humanizar atendimento à população carcerária
Atendimento humano de qualidade. Essa é a proposta da Defensoria Pública para atuação nas diversas delegacias do Estado. A proposta de gestar um trabalho que priorize a qualidade, a dignidade e os direitos da pessoa humana tem contado com a interação e colaboração de defensores e delegados. Compreendendo a necessidade de aperfeiçoar e de garantir um atendimento eficaz, a 1ª Delegacia, no Vale dos Barris, em Salvador, sob o comando de Patrícia Nuno, disponibilizou uma sala equipada com computadores e sistema de monitoramento para uso da Central de Assistência a Presos em Delegacias (CAPRED).
A iniciativa, pioneira na capital, já acontece em algumas comarcas do interior. Em Ilhéus, com a disponibilidade e colaboração oferecida pelo coordenador da 7ª Coorpin, André Mendonça, foi concedida uma sala para a realização do atendimento na dependência da própria Coorpin. Situação semelhante existe na cidade de Brumado, “aqui temos uma sala também para o desenvolvimento do trabalho. O atendimento é realizado individualmente”, afirma a defensora Angélica Coelho. Além da agilidade, as melhores condições garantem o respeito e segurança para os profissionais envolvidos e para os custodiados.
As mudanças ocasionadas pela implementação desses espaços implica em mudanças não apenas na estrutura, mas no próprio quadro organizacional. Uma das conseqüências de mostrar essas propostas reside exatamente na sensibilização e mobilização de outras unidades. “Aqui, em Itabuna, a delegacia não conta com um espaço para uso da Defensoria. O atendimento acontece individualmente numa ante-sala. Agora, no Presídio, existe uma sala adequada para a nossa atuação”, diz o defensor André Maia. No quadro geral, além da questão da ausência de salas, a falta de agentes carcerários também se constitui como impasse a ser resolvido.