“Estava desesperada com a situação que ocorreu com meu filho e não sabia mais o que fazer, porque não tenho condições de pagar um advogado. Saber que a Defensoria Pública estaria aqui no bairro foi a oportunidade que vi para procurar ajuda. Saio daqui muito feliz por ter conseguido defesa, não tenho nem palavras para agradecer a disposição em ajudar e o carinho e que vocês tiveram comigo”.

O depoimento acima é da doméstica Marinalva Barbosa, que voltou para casa esbanjando felicidade após ser atendida pela Defensoria Pública da Bahia – DPE/BA, por meio do projeto Defensoria Cidadã Itinerante – CDI, que voltou à base comunitária do Rio Sena na manhã desta sexta-feira, 12.

Assim como ela, outros moradores da região aproveitaram o retorno da Defensoria ao local para resolverem seus problemas jurídicos nas mais variadas áreas de atuação que a instituição presta apoio. Pensão alimentícia, processo criminal, guarda infantil e orientações previdenciárias foram os serviços mais procurados. Dona Adelaine, que busca se aposentar há cinco meses, também marcou presença. “Desde o dia seis de fevereiro que estou correndo atrás da minha aposentadoria. Ligo para o INSS e só diz estar em análise. Vim aqui ver se consigo entender essa situação”, relatou.

Quem também aproveitou a volta da Defensoria no bairro foi a dona de casa Jusandra de Jesus. Ela esteve presente sexta-feira passada, 05, procurando solucionar a questão da pensão alimentícia de sua filha. “Vim semana passada, mas acabei não concluindo meu problema, pois os documentos necessários estavam incompletos. Gostei muito de saber da volta da Defensoria aqui, pude retornar e trazer o que estava faltando, sem precisar me deslocar para outro lugar”, disse.

O tenente da polícia militar Rosquildes Bispo explanou seu desejo de que a parceria entre a DPE/BA e Secretaria de Segurança Pública continue. “Eu fico muito feliz em receber a Defensoria aqui na Base para realizar essa ação. Me orgulho de ver essa população, que convivo de perto, resolvendo seus problemas e obtendo conhecimento”.

Para a defensora pública Maria Carmem Novaes, que atua na área de infância e juventude, é atribuição da Defensoria estabelecer aproximação com a população, pois reforça a confiança de seus assistidos. “A gente precisa reconhecer que muitas pessoas têm dificuldade de se locomover até os postos fixos da Defensoria. Salvador é muito grande e nem todos têm tempo ou condições financeiras para arcar com transporte. Que a Defensoria cidadã Itinerante possa ir mais vezes a diversas localidades da cidade e possa ocorrer com mais frequência, porque essa é uma das formas mais garantidoras do acesso integral à justiça”, declarou.

A próxima atividade da Defensoria Cidadã Itinerante será na base comunitária do Uruguai em primeiro de agosto.