Foi aberto na manhã desta segunda-feira (25), com a presença de defensores da Bahia e representantes das defensorias de quatro estados o Encontro Brasileiro de Defensores Públicos: "A Violação pela Mídia dos Direitos das Pessoas Privadas de Liberdade".

Depois da cerimônia de abertura dos trabalhos, os defensores da Especializada de Direitos Humanos, Fabiana Almeida, e da Especializada de Crime e Execução Penal, Alan Roque, fizeram uma apresentação sobre as principais questões que estão sendo debatidas desde a manhã desta segunda e continua durante o dia de hoje, dentre elas as estratégias a serem desenvolvidas no sentido de dar respostas efetivas à situação das pessoas privadas de liberdade. O evento está sendo realizado na Escola Superior da Defensoria Pública da Bahia - Esdep, no Canela.

A explanação dos defensores responsáveis pela organização do Encontro contemplou, além da exibição de alguns vídeos de reportagens ilustrativas da situação, as legislações, na perspectiva dos direitos humanos, como também sob o ponto de vista criminal e das execuções penais. O primeiro dia dos trabalhos foi reservado apenas para defensores públicos, com o propósito de discutir os termos da Carta de Salvador, documento que será divulgado ao final do Encontro, e que apontará os procedimentos que deverão ser adotados para coibir este tipo de prática.

Presentes ao evento, os defensores de São Paulo, Distrito Federal, Amazonas e Ceará também fizeram intervenções, abordando questões de caráter midiático, como também ilustrando situações que exemplificam a complexidade das relações mídia, indivíduo e Estado. Durante toda a tarde, os defensores estiveram reunidos para aprofundar os temas apresentados pela manhã.

Hoje serão realizados três painéis que vão debater questões ligadas à mídia, à comunicação, à ética e ao direito. Jornalistas e representantes da academia discutirão, com a participação da assistência, formas de compreensão e interpretação, como mecanismos de enfrentamento do fenômeno. Como esta parte do evento é aberta à participação da sociedade civil organizada, aguarda-se a conclusão dos trabalhos para a aprovação do texto final da Carta de Salvador.

Os defensores Alan Roque e Fabiana Almeida avaliaram que o primeiro dia do Encontro cumpriu satisfatoriamente seus objetivos. "Nossa pretensão é que a Carta de Salvador possa ecoar por todo o país, adotando medidas que respondam a essa questão de forma concreta e efetiva", disse Alan.