COMUNICAÇÃO
Defensoria da Bahia automatiza distribuição processual das intimações através de robô
O bot, como é chamado, chega para agilizar o trabalho da Instituição e faz a varredura de novas intimações a cada 30 minutos
Sempre de olho nos avanços da tecnologia e em busca de soluções para otimizar o seu trabalho, a Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA agora conta com um importante reforço: é o bot, um robô que realiza, de forma totalmente automatizada, a distribuição processual das intimações referentes às ações ajuizadas pela Instituição.
A ferramenta foi criada pela Coordenação de Modernização e Informática – CMO, através da equipe de Desenvolvimento e Análise de Dados, teve o acompanhamento do Núcleo de Integração e já está “rodando” há cerca de um mês.
“Conseguimos identificar uma rotina que apresentava possibilidade de ser automatizada e, a partir daí, implementamos a solução através de um código. O bot consegue fazer o mesmo passo a passo que, até então, era feito por um humano: entrar no sistema, digitar usuário e senha, navegar pelas áreas necessárias e distribuir as intimações para as respectivas unidades. A Defensoria da Bahia ganhou, e muito, com essa agilidade”, garantiu o cientista de dados da Instituição, Clóvis Monteiro da Silva Filho.
O coordenador da área Não-Penal do Núcleo de Integração, Gil Braga, acompanhou tudo desde o início – do trabalho que era feito de forma manual até este automatizado – e pôde ver, de perto, o quanto a DPE/BA vem, cada dia mais, utilizando a tecnologia como grande aliada para otimizar o trabalho dos(as) defensores(as) públicos(as).
“Estamos avançando no uso da tecnologia. O Núcleo de Integração também está participando dos projetos na área de tecnologia contribuindo na etapa de análise de negócio, ou seja, esmiuçando o fluxo de trabalho dos defensores. O objetivo é melhorar a cada dia o ambiente de trabalho dos defensores e defensoras com vistas a aprimorar o atendimento dos assistidos e assistidas”, destacou o coordenador.
Tendo sua configuração desenvolvida em menos de um mês e meio, o robô chegou para automatizar o trabalho que antes fazia parte da lista de demandas de um só servidor: entrar no sistema do Processo Judicial Eletrônico – PJe, utilizado pelo Tribunal de Justiça do Estado da Bahia – TJBA, identificar e distribuir todas as intimações destinadas à Defensoria.
“Era um trabalho que eu fazia de forma totalmente manual e que, devido a outras tarefas que tenho, eu só conseguia executá-lo uma vez ao dia, isso quando eu conseguia. Agora, o bot faz esse trabalho de 30 em 30 minutos”, contou o servidor que atua na CMO, André Luiz Souza de Almeida.
“Bot rodando”
Com uma estação de trabalho sinalizada com o recado “Bot rodando”, o robô tem lugar reservado na CMO e só precisa de interferência humana para supervisionar se o trabalho está sendo executado de forma correta.
“É o nosso servidor que não para: ele trabalha 24 horas por dia e 7 dias por semana”, brinca a analista que lidera os desenvolvedores, Daniele Souza, que foi quem teve o start de automatizar este trabalho e recebe e-mail do robô toda vez que uma nova distribuição é realizada. “Toda vez que ele faz uma varredura encontra mais resultados, o que mostra o volume de trabalho da Defensoria”, acrescentou Daniele.
“A ideia do bot é justamente essa: ser utilizado na substituição de tarefas consideradas repetitivas e que, neste caso, basta configurá-lo e ele faz tudo sozinho”, reforçou o também cientista de dados Diltomar Aleluia.
Assim que soube da novidade que, por enquanto, abrange o 1º Grau e distribui os processos em trâmite apenas na capital, a subdefensora pública geral, Firmiane Venâncio, já começou a pensar na possibilidade de esta automatização ser estendida também ao 2º Grau e outras tarefas desempenhadas pelos membros da Defensoria Pública.
“Se essa iniciativa chegar à Instância Superior vai trazer um ganho e tanto para o trabalho que, pelo volume de processos, é feito por dois servidores e leva quase o dia todo”, contou a subdefensora-geral, durante reunião com o coordenador da CMO, Thales Almeida, o coordenador da área Não-Penal do Núcleo de Integração, Gil Braga, a analista Daniele Souza e os cientistas de dados Clóvis Filho e Diltomar Aleluia.