COMUNICAÇÃO
Defensoria discute sobre mitos da paternidade em roda de conversa
Atividade buscou incentivar os pais a serem mais presentes na vida dos filhos
Para orientar as famílias mais necessitadas da população baiana sobre os conflitos que envolvem a paternidade e as relações familiares, a Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA realizou nesta terça-feira, 19, a roda de conversa Cuidar dos filhos também é coisa de homem.
A atividade faz parte do Projeto Sala de Espera, em parceria com a Ação Cidadã Sou Pai Responsável, das Especializadas de Cível e Família, respectivamente. A roda de conversa aconteceu na Casa das Famílias I, no Jardim Baiano, e foi ministrada por Otávio Leal, que é advogado e criador do projeto “Pai, vem cá!”, que tem o intuito de trocar experiências e auxiliar outros pais a serem mais presentes na vida dos filhos, independente de questões como excesso de trabalho e divórcio.
Para Otávio Leal, a parceria com a Defensoria Pública é proveitosa por permitir a troca de informações e experiências com outros pais que não entendem o quanto é importante o seu papel na vida do filho.
“A paternidade me transformou, eu achava que ser pai era acordar cedo, ir trabalhar, voltar cansado e não ter tempo. Hoje eu percebo que não é isso. Ser pai é uma verdadeira entrega, é estar presente em cada momento do filho, sendo amigo, parceiro, inclusive da ex-mulher ou da atual, para manter a harmonia em benefício da criança”, ressaltou Otávio, que é pai de Maria Flor, de 5 anos.
De acordo com a coordenadora da Especializada de Família, Donila Fonseca, as pessoas precisam entender a importância do diálogo familiar para a formação da criança: “Nós compreendemos que para formação da cidadania do menor e o seu desenvolvimento, é importante a mãe cumprir o seu papel e respeitar que o pai também cumpra o seu de forma responsável, estando presente na vida, na educação, dividindo as tarefas com respeito”, explicou a coordenadora.
Durante a atividade, foi lançado o folder 5 mitos sobre a paternidade, que busca conscientizar a população, principalmente os homens, de que ser pai vai além da responsabilidade, além de ter o propósito de fazer com que as mães permitam uma participação mais efetiva dos pais na vida de seus filhos e de prevenir a alienação parental.
Bate-papo
A roda de conversa contou com o debate sobre os 5 mitos da paternidade e a interação dos assistidos, que contaram algumas experiências do seu convívio familiar, como foi o caso de João*, que soube da atividade através das redes sociais da Defensoria e fez questão de estar presente para entender mais desse universo e discutir sobre a sua história.
“Quando eu descobri que iria ser pai, estava prestes a mudar de país temporariamente e já estava separado da minha namorada. Retornei ao Brasil disposto a cumprir o meu papel e participar ativamente da vida de minha filha, mas encontrei uma barreira, que foi a insegurança e o medo da mãe. Hoje, sou pai de uma menina de 2 anos e não desisto de me manter presente na vida dela”, relatou João.
O folder 5 mitos sobre a paternidade pode ser encontrado na Casa de Acesso à Justiça I, nas Casas das Defensorias da Família I e II e estará disponível em nosso site.
*Nome fictício