COMUNICAÇÃO

Defensoria em Esplanada entra com ação para garantir cirurgia uterina

19/01/2011 15:04 | Por

A professora Ana Rita Filgueiras M. Vila Flor, 44 anos, vive uma peregrinação para conseguir cirurgia de retirada de pólipo (pequenas massas que ficam dentro do endométrio e podem entrar no útero) na rede pública de saúde. Sua luta começou há um ano meio, quando passou a ter sangramento intenso, desmaios e vômitos. Após todos esses sintomas, resolveu procurar assistência médica, onde foi diagnosticada a doença e solicitada cirurgia urgente. Desde 2009, a professora já viajou quatro vezes para Salvador e foi atendida Centro Estadual de Oncologia (CICAN) e Hospital Aristides Maltez.

Segundo Ana Rita, o sangramento começou a ficar muito intenso, causando mal estar, sobretudo á noite, horário em que ministra aulas na rede municipal. "Teve uma vez que desmaiei no meio da aula, por causa do sangramento e tive de ser levada para a emergência", recorda.

Em sua última viagem feita à capital baiana, em novembro de 2010, para participar de um mutirão de saúde, Ana teve os exames marcados para abril de 2011, quase seis meses após a consulta que diagnosticou a urgência na realização da cirurgia. Indignada com a demora, a professora procurou a Defensoria Pública da comarca de Esplanada, que prontamente entrou com ação para acelerar o procedimento cirúrgico. "Nós tentamos resolver isso de forma administrativa, entrei em contato com a secretaria de saúde para antecipar a cirurgia, mas não conseguimos, por isso entramos com uma ação de obrigação de fazer", declara o defensor público João Ricardo Alcântara.

Os custos das viagens e as consultas particulares foram pagos pela professora que sofre com os efeitos colaterais e não tem condições de pagar uma cirurgia particular, além de estar com sua vida profissional atribulada. "É uma situação difícil, meu marido está desempregado e meu salário de professora não dá para pagar uma cirurgia que custa R$ 4 mil reais", lamenta Ana Rita.