O trabalhador rural Nivaldo da Silva agora poderá ter atendimento médico de qualidade, é o que garante a sentença do juiz da cidade de Senhor do Bonfim, a 394 quilômetros de Salvador, que deu parecer favorável a uma ação judicial movida pela Defensoria Pública, através da defensora Eva Ferreira, contra o município.

Nivaldo passou quatro meses tentando resolver seu problema em busca de fisioterapia, após uma queda onde quebrou o braço. Esse foi o encaminhamento dado pelo médico do Hospital Dom Antônio Mateus, que não encaminhou o paciente nem para radiografia para saber o estado da fratura e a gravidade. O médico apenas engessou o braço do trabalhador rural, o que o levou a procurar um segundo médico, pois as dores continuavam. O segundo médico, do mesmo hospital, se recusou a atender o paciente dizendo que não era ético já que um colega já havia feito o atendimento.

A Regional da Defensoria em Senhor do Bonfim foi procurada por Nivaldo da Silva e, ao relatar o seu problema, a defensora Eva Ferreira ficou indignada com a situação do trabalhador rural, “o que fizeram com o Nivaldo é um descaso com a saúde pública. Entramos com a petição e alegamos que está previsto na Constituição Federal este direito ao cidadão”, declara Eva. A defensora entrou com ação na última quinta-feira (23), contra o município de Senhor do Bonfim, para que fosse prestado o atendimento médico devido ao assistido. A boa notícia para Nivaldo da Silva chegou nesta sexta-feira (24). “O juiz se sensibilizou com o caso. Passei para ele a peregrinação de Nivaldo e ele julgou procedente nosso pedido.”, concluiu a defensora Eva Ferreira.

Para Nivaldo, a atuação da Defensoria foi extremamente importante e o faz se sentir protegido, “tenho quatro meses tentando resolver meu problema e a situação só agravando. Ainda bem que podemos contar com a atuação da defensoria”, desabafou o trabalhador rural.