Com o objetivo de discutir e contrapor opiniões acerca do castigo e prisão na sociedade contemporânea, foi realizado pelo Laboratório de Estudos em Segurança Pública, Cidadania e Solidariedade (Lassos/Ufba), O II Seminário de Estudos Prisionais. O evento que aconteceu nos últimos dias 23 e 24, contou com a presença da Defensoria Pública nas discussões, assim como de pesquisadores da área prisional da Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e de estudantes de ciências humanas.

A Defensoria Pública da Bahia contribui para o evento, através de palestra do defensor Rafson Saraiva Ximenes, que explanou sobre o tema "Vivência no Cárcere". Por meio de levantamento feito nos atendimentos aos assistidos, incluindo homens e mulheres, é observado que existe menor oferta de trabalho e estudo dentro das prisões por falta de parcerias entre o sistema prisional e empresas. Devido a isso, menos de 5% dos presos participam de alguma atividade escolar ou de trabalho para redução de pena. O defensor falou ainda que cerca de 60% dos delitos se refere a crime contra o patrimônio por razões econômicas, 26% a roubos e 17% a tráfico de drogas. "A palestra foi muito importante para firmar o posicionamento e mostrar a importância da Defensoria Pública junto à sociedade", afirma o defensor Rafson Ximenes.

Na oportunidade, foi falado também pelo defensor público sobre o Curso de Capacitação em Substâncias Psicoativas e seus Usos para defensores públicos, promovido pela Defensoria Pública, em parceria com o Centro de Terapia do Abuso de Drogas (Cetad/Ufba). O curso tem como objetivo qualificar o atendimento da Defensoria Pública junto aos usuários de substâncias psicoativas e ampliar o debate sobre o enfrentamento à dependência química ligada à criminalidade no Estado.