Depois de passar mais de 30 anos sem ver o pai, Ednalva Lima dos Santos, 34 anos, teve no último dia 13 de setembro sua paternidade reconhecida. "Depois que meu pai faleceu, a família dele entrou em contato com minha mãe pra fazer o reconhecimento", conta a dona de casa que reside em Santo Antônio de Jesus, a 200 km da capital baiana.

Com a atuação da Defensoria Pública, mesmo após a morte de Raymundo José da Silva, em dezembro de 2008, foi possível realizar o exame de DNA com os supostos irmãos paternos da assistida, que residem em Vitória da Conquista, a cerca de 520 km de Salvador. O resultado positivo confirmaram as suspeitas que Ednalva trazia desde a infância."Quando eu o vi tinha 4 anos, nem lembrava das feições dele. Minha mãe que me criou trabalhando na roça, e sempre me contava histórias com ele", lembra.

Segundo a defensora pública responsável pelo caso, Guiomar Fauaze, a ação de reconhecimento de paternidade em favor da assistida saiu no mesmo dia do resultado do DNA. "Em razão dos irmãos residirem em cidades distantes, requeremos ao juízo urgência para a realização da audiência. No final da tarde a assistida estava com o mandado de averbação e, consequentemente com a paternidade reconhecida", afirma Guiomar.