COMUNICAÇÃO

Defensoria garante transplante de órgão

17/04/2008 19:27 | Por

Por causa de um alvará judicial conseguido pela Defensoria Pública, a professora Joanice Pires, 38 anos, se recupera de uma doença grave. O alvará permitiu que ela recebesse, através de transplante, um dos rins de seu cunhado, Roque Silva Santos, 28. Com a doação autorizada, Joanice deixou para trás uma lista de aproximadamente 2.500 pacientes que aguardam um transplante renal em todo o estado, segundo dados da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos - CNCDO da Bahia.

Tudo começou quando ela procurou a Defensoria no mês passado com o objetivo de cobrar urgência no andamento do processo que lhe permitiria receber um dos rins de seu cunhado. Visto a urgência do caso, a defensora pública Firmiane Venâncio, subcoordenadora da Defensoria Especializada de Proteção aos Direitos Humanos, acompanhada da defensora Josenilda Alves Ferreira, solicitou e conseguiu, em tempo recorde (3 dias), um alvará judicial expedido pela 14ª Vara Cível autorizando a execução do procedimento. A cirurgia foi realizada no Hospital São Rafael, no último dia 3; e a paciente segue em repouso na unidade.

Em casos como este - em que o transplante ocorre entre pessoas vivas (intervivos) e o doador não é familiar do receptor - o processo só pode ser feito mediante autorização da Justiça. A Bahia tem apresentado bons resultados em relação ao aumento de doações e cirurgias realizadas em 2007, que quase triplicaram em relação a 2006 (foram 42 doações de múltiplos órgãos em 2007 e 16 em 2006), segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab). Em 2007, a Bahia saltou do 22º para o 13º lugar em número de doações e transplantes de órgãos no país.