Manuella Pereira de Souza estará mais tranqüila depois da última segunda-feira (19 de julho), quando assinará todos os documentos necessários para a transferência de sua mãe do Hospital Geral do Estado (HGE) para o Complexo Hospitalar Padre Bento, em Guarulhos, onde reside toda sua da família.

A transferência da paciente Ildete Pereira de Andrade foi fruto da intervenção da Defensoria, que entrou com um pedido de Agravo de Instrumento contra decisão do Tribunal de Justiça, que havia negado o deslocamento da assistida em UTI aérea no último dia 28.

Transferida do interior da Bahia para a capital com fratura de base de crânio e broncoaspiração, Ildete era acompanhada apenas por sua filha, que, por falta de meios econômicos, está "hospedada" há seis meses no hospital, onde dorme, faz refeições, lava roupa e realiza todas rotinas diárias de uma pessoa, por não ter onde ficar.

"Diante da situação desumana em que se encontram mãe e filha, os médicos recomendaram a transferência para a cidade, onde residem os demais familiares, a fim de que a paciente possa ter toda estrutura emocional e material que é necessária a pessoas que estão passando por traumas relativos à saúde", explica a defensora Melisa Teixeira, uma das responsáveis pela ação, que contou também com o apoio do Núcleo de Direitos Humanos da defensoria e do Tribunal de Justiça.

Para Manuella Pereira, a atuação da Defensoria não poderia ser melhor. "Me sinto muito bem em saber que este tormento acabou. Agora, minha mãe vai poder contar com apoio de toda família e eu vou poder rever meu filho, meu marido, meu pai, que me darão suporte emocional e farão com que a recuperação dela seja mais rápida e menos dolorosa", afirma.