A Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA participou, nessa terça-feira, 09, da mesa temática “Educação em Direitos Humanos no contexto nacional, Grupos Vulneráveis e direitos humanos nas políticas públicas da Bahia e A situação de rua como cenário emblemático da ausência dos direitos humanos”.. O evento integra a passagem da Caravana da Educação nos Direitos Humanos pela Bahia e foi realizado no auditório da Escola Superior da Defensoria Pública – Esdep.

Responsável, na Defensoria pela equipe multidisciplinar de atendimento à pessoa em situação de rua, a defensora pública Fabiana Miranda falou sobre as dificuldades enfrentadas pela população. Em Salvador, são cerca de 3.500 pessoas, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate á Pobreza (SEMPS). “A Defensoria, ao invés de fiscalizar o trabalho do Município e do Estado, acaba por realizá-lo”, disse a defensora cuja equipe presta atendimento integral a população com o trabalho itinerante e o acompanhamento de atenção psicossocial.

“O que a gente precisa é fazer com que o direito chegue para quem nunca acontece, que se traduza numa política que chegue às classes menos abastada”, corroborou o advogado e representante do Movimento Nacional dos Direitos Humanos, Rilton Marques, que integra a Caravana.

A CARAVANA

Alicerçada no Fórum Mundial de Direitos Humanos, a Caravana de Educação em Direitos Humanos é composta pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, Movimento Nacional de Direitos Humanos. Percorrendo diversos estados do Brasil, objetivo é tornar permanente o debate político e cultura de diálogos ampliados, através da escuta dos grupos vulneráveis e em situação de violação de direitos, dando-lhes voz e visibilidade para legitimação das suas reivindicações.

ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR

A DPE/BA vai ampliar seu leque de atendimentos à população em situação de rua. Para o segundo semestre de 2015, o projeto “Diversidade na Rua” vai assistir mulheres em situação de rua que são vítimas de violência e as ‘mães do crack’ que, segundo a defensora Miranda, perdem seus filhos de maneira sutil, pois, quando são abrigadas para o tratamento, as crianças são entregues às famílias que estão na lista de adoção. No próximo dia 17 de junho, uma equipe multidisciplinar de estagiários receberá capacitação para atuar no projeto.