Para dar mais dinâmica e agilidade aos atendimentos de seus assistidos, assim como oferecer elementos para tomadas estratégicas de decisão, a Defensoria Pública do Estado da Bahia vem investindo no desenvolvimento e aperfeiçoamento de suas ferramentas de gestão informática.

Além de aquisições em infraestrutura de softwares, servidores e links de dados, o ano de 2019 foi marcado pelo esforço empreendido na melhoria dos recursos das plataformas de trabalho dos defensores e servidores, além daquelas de interação com o público.

Um dos novos instrumentos implantados foi o Painel do Defensor que tem dado mais celeridade aos trabalhos defensoriais ao permitir um melhor controle de processos e tarefas, além de gerar relatórios e oferecer, a partir de uso de algoritmos, modelos de petição de modo automático.

Já o Sistema Integrado de Gestão e Atendimento – Sigad (que serve também a servidores e cuida do cadastro, triagem e acompanhamento de processos) vem sendo apurado para oferecer melhor desempenho e opções de análises a partir de organização de dados sobre os assistidos, seus casos e os resultados das ações encaminhadas.

“Ganhos bastante expressivos que tivemos dentro do Sigad, por exemplo, foram a implementação do recurso de observatórios e do módulo de execução penal. O primeiro permite, até aqui na área de saúde e consumidor, visualizar um quadro claro das demandas e resultados que chegam nestas áreas. Já o segundo recurso permite o controle do andamento da situação de todos os presos cadastrados. Assim é mais simples atuar quando se fazem necessárias intervenções como solicitação de mudança de regime ou remissão de pena”, comentou o coordenador de Modernização e Informática da Defensoria, Thales Almeida.

Outro aprimoramento importante se deu no aplicativo para celular que permite aos assistidos o agendamento online para atendimento. Realizado também por via dos computadores pessoais, o número de agendamentos online aumentou cerca de 69% de 2018 para 2019, soltando de 13 mil para quase 23 mil marcações virtuais. 

Para Thales Almeida, além de destinar mais atenção para criação de aplicativos de interação de uso direto no celular, o esforço para este ano de 2020 é implementar um núcleo de inteligência de dados que possa avançar no uso de ferramentas de inteligência artificial (onde a máquina consegue aprender, de acordo com os próprios dados que recebe, como fazer suas avaliações sobre os casos), automatizando ainda mais os processos de atendimento.

“Nossa meta é a partir do trabalho desta equipe de cientistas de dados e estatísticos oferecer, a partir da base de dados coletados e da tecnologia a ser elaborada e/ou utilizada, uma análise mais profunda. Com isto poderemos traçar um melhor perfil de nosso assistido, fazer prognósticos sobre o comportamento da Defensoria no tempo e colaborar com as decisões estratégicas a serem tomadas pela direção da Instituição”, assinalou Thales de Almeida.