COMUNICAÇÃO
Defensoria media conflito entre família e Hospital em Santo Antonio de Jesus
A mediação de conflito realizada pela Defensoria Pública, através de sua regional em Santo Antonio de Jesus, a 187km de Salvador, entre a família de Bispo Tranquilino de Jesus, 71 anos, e o Hospital Regional do município foi imprescindível para garantir o direito de seu Tranquilino fazer um check-up geral e ser levado para casa pelo sistema de internamento domiciliar, após ter sofrido um acidente ao ser retirado da maca que lhe transportava pelos funcionários hospital.
O paciente estava internado desde o final do ano passado - após sofrer três acidentes vasculares cerebrais, ser portador da doença de chagas, diabético, deficiência renal e câncer na próstata. Ao receber alta e ser transportado por uma ambulância para sua casa, acompanhado de técnicos de enfermagem e sua esposa de 63 anos, Bispo Tranquilino sofreu um outro acidente. "Quando foram retirá-lo do carro, a maca desceu de vez, ele caiu e bateu o rosto no chão. Foi angustiante ver meu pai naquela situação", explica Ana Cristina Silva, 40 anos, filha do paciente. Segundo ela, o sistema automático da maca não foi bem manuseado pelos funcionários e imediatamente o paciente retornou ao hospital com lesões no rosto e em estado de choque.
A situação revoltou a família que logo procurou a ouvidoria do hospital e sem resultado recorreu à Defensoria Pública da Bahia, representada pelo defensor Armando Fauaze Novaes, que intermediou o conflito com a família e representantes do hospital. Para a filha do paciente, a Defensoria foi essencial na reunião porque a família estava insatisfeita com os procedimentos adotados pelo estabelecimento hospitalar. "Com a presença do defensor público foi diferente, apareceu diretor, coordenador, e conseguiram imediatamente resolver a situação e acolher meu pai novamente. Estou muito satisfeita com o atendimento que recebemos e pela atenção dispensada pelo defensor, este sim se preocupou com a gente", relata.
De acordo Armando Fauze, a Defensoria Pública atuou junto ao caso exigindo a aplicação de direitos previstos pela Constituição Federal, garantindo a todo cidadão a assistência médica e o direito à uma saúde qualificada. O defensor ainda complementa que o assistido também estava assegurado pelo Estatuto do Idoso, o que lhe dá prioridade no atendimento. "Nós intercedemos junto aos coordenadores do hospital, onde houve uma reunião em que eles se comprometeram em oferecer toda assistência necessária para o bem-estar do idoso, bem como apurar com rigorosidade o caso e punir os culpados com demissões", frisa o defensor.