COMUNICAÇÃO

Defensoria participa da 2ª Conferencia de Comunicação e Políticas Públicas

26/08/2011 23:01 | Por

"É preciso criar uma perspectiva de sobrevivência da população hiposuficiente para manter condições dessas pessoas desenvolverem sua cultura dentro do modelo capitalista", afirma o presidente do Conselho de Comunicação e Políticas Públicas da Metrópole de Salvador (Compop) e organizador da 2ª Conferência de Comunicação e Políticas Públicas, Jonicael Cedraz. Durante o primeiro dia de evento, nesta quinta-feira (25), na Biblioteca Pública dos Barris, o tema central "Desenvolvimento sustentável na perspectiva de uma outra globalização" foi o ponto de partida para uma discussão que envolveu desde a criação de uma gestão pública integrada à tecnologia ao acesso gratuito dos cidadãos à banda larga. A defensora pública Walmary Pimentel, que integrou uma das mesas, destaca a importância da conferência para a inclusão social.

De acordo com Jonicael, o objetivo da conferência que também acontece nesta sexta-feira (26) é permitir o acompanhamento das populações vulneráveis à convergência das mídias para a internet. "Hoje grandes jornais impressos estão saindo de circulação e disponibilizando conteúdo na web", pontua. Segundo o pesquisador do CPqD, que é uma instituição a nível federal voltada para a inovação com base em tecnologias da informação e comunicação (TICs), Marcos Mendes, é possível encontrar soluções tecnológicas associando a esfera pública para uma ampla transformação urbana, inclusive na educação. "Projetos de cidades digitais desenvolvidos sob uma visão de longo prazo, centrados em soluções para o cidadão são essenciais de uma política pública para apropriação social das novas tecnologias", afirma durante a palestra que ministrou durante a abertura do evento, onde apresentou um plano para a implantação de cidade digital. "Na área da saúde, podemos eliminar as filas de espera, fazer a marcação de consultas e disponibilizar históricos dos pacientes dentro de um sistema de tecnologia", exemplifica.

"A educação é a base da cidadania. Muitas crianças atravessam estradas, rios para poder pegar uma condução e chegar na escola, que muitas vezes, traz condições precárias", relata a defensora pública Walmary Pimentel, que fez parte da mesa, salientando a relevância do projeto apresentado pelo pesquisador.