COMUNICAÇÃO
Defensoria participa de Audiência Pública sobre Violência Obstétrica
A intenção é que o debate seja ampliado às comunidades para facilitar a participação de um número maior de mulheres.
Todo o tipo de violação de direitos na hora do parto, como agressão física ou verbal, omitir informações dos procedimentos que serão feitos no corpo da mulher, deixar de oferecer procedimentos que aliviem a dor da parturiente e até negar atendimento, caracterizam alguns tipos de agressão mais presentes na vida das mulheres grávidas do que se imagina: a violência obstétrica. Diante dessa realidade, a Defensoria Pública do Estado – DPE/BA participou na última sexta-feira, 21, de uma audiência pública para debater o tema. “A dor além do parto” foi o eixo da discussão, realizada no auditório Emerson José, do Anexo Bahia Center.
Para a defensora pública Viviane Luchini, que atua do Núcleo Especializado na Defesa da Mulher da Defensoria Pública da Bahia – Nudem, vinculado à Especializada de proteção aos Direitos Humanos, o evento é muito importante no sentido de traçar estratégias conjuntas entre representantes do Estado e demais organizações para o enfrentamento da violência obstétrica. “Especialmente para orientar e informar a população sobre esse tipo de violência, que apesar de ocorrer de maneira frequente, que não está sendo identificado pelas mulheres. A verdade é que a maioria das mulheres desconhece esse tipo de violência”, destacou a defensora pública.
O evento foi promovido pela vereadora Rogéria Santos, autora do Projeto de Lei nº 357/17 que regulamenta a promoção de ações de proteção à gestante, parturiente, puérpera e recém-nascido em situação de violência obstétrica e neonatal no Município de Salvador e contou com a participação de profissionais de saúde, entidades e representações de defesa dos direitos da mulher.