A Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA esteve presente em um debate que faz parte da programação do 3º Acampamento dos Povos Indígenas da Bahia, que aconteceu na área externa da Assembleia Legislativa da Bahia – ALBA, nesta sexta, 10, no CAB, em Salvador.

“A Defensoria Pública do Estado tem como missão promover o acesso à justiça e a direitos. Assim, identificamos uma demanda muito necessária de ação junto aos povos indígenas. Mesmo sendo uma defensoria estadual, e muitas das questões indígenas passam pela área federal, podemos fazer a ponte com os órgãos federais”, declarou o subdefensor público geral, Pedro Paulo Casali Bahia, que representou a DPE/BA no evento.

Em sua fala, Pedro Bahia ainda destacou a tensão vivida com a área ruralista e que, neste atual cenário, a causa indígena tem a necessidade de possuir diversos parceiros em sua luta.

“A realidade dos povos indígenas está sendo muito agredida. A causa do índios acabou sendo superada pela mercantilização da tese ruralista. Temos então um cenário de bastante cautela, no qual é preciso ter muitos parceiros, procurando minar todas as formas de ataques a direitos. A Defensoria Pública se coloca à disposição para defender a causa ”, finalizou o subdefensor-geral.

O debate, que aconteceu na manhã desta sexta-feira, teve também a presença de lideranças indígenas, do deputado federal Afonso Florence (PT-BA) e da professora de direito agrário da UFBA, Tatiana Emília Gomes.

O encontro fez parte de uma série de atividades que estão sendo realizadas desde a última quarta, 8, até esta sexta, 10, na área externa da ALBA pelo 3 º Acampamento dos Povos Indígenas da Bahia, que tem o lema: “Diga ao Povo que Lute! Lutaremos!”. Ao todo, estão presentes cerca de 600 representantes de 163 comunidades de etnias indígenas como a Tupinambá, Atikum, Pataxó, Payaya, Truka, Kiriri, Tumbalalá, Tuxá, Pataxó Hãhãhãe, Xukuru-Kariri, Kariri-Xocó-Fulni-ô, Kapinawá, Kaimbé, Tapuia, Pakararé, Pakararú, Pankarú, Potiguara, Kambiwá, Xabriacá, Kantaruré e Tuxi.