Promovido pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), foi realizado ontem (26), em Brasília, um encontro com representantes de Defensorias Públicas de 13 Estados, entre eles a Bahia. O objetivo da reunião, realizada na sede da SDH, é de promover uma mobilização para acompanhamento e defesa de casos de violência à população em situação de rua.

O destaque ficou por conta das práticas apresentadas pelas Defensorias Públicas da Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro. “O atendimento itinerante que nós estamos realizando na sede do Movimento de População de Rua em Salvador já cadastrou 96 pessoas no Bolsa Família, Pronatec, Simm e no Programa Minha Casa Minha Vida. Também temos uma parceria com o Movimento e a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos na busca pela implantação de uma unidade do Centro de Defesa de Direitos Humanos de População de Rua e de Catadores de Material Recicláveis na capital baiana”, elucidou a defensora pública coordenadora do Núcleo de Direitos Humanos, Fabiana Almeida Miranda, que representou a Bahia durante o encontro.

UMA MORTE A CADA 2 DIAS

Segundo o Centro Nacional de Defesa dos Direitos Humanos da População em Situação de Rua e Catadores (CNDDH), de abril de 2011 até março deste ano, 165 moradores de rua foram mortos no Brasil, o que representa pelo menos uma morte a cada dois dias.

De acordo com a defensora pública Fabiana Miranda, a reunião resultou na possibilidade de criar uma rede nacional de Defensorias Públicas atuantes com população em situação de rua. Além da participação de defensores de diversas partes do país, estiveram presentes ainda na reunião, representantes dos Ministérios das Cidades, da Saúde, do Desenvolvimento Social, do Movimento Nacional de População de Rua, do Centro Nacional de Defesa de Direitos Humanos de População de Rua e de Materiais Recicláveis e da Secretaria da Reforma do Poder Judiciário.