A história de dona Noêmia Rodrigues, 50 anos, autônoma, que tenta conseguir a guarda de sua neta que vive sob seus cuidados após a morte de seu filho e sua nora, foi um entre os cerca de 60 casos atendidos pelos defensores públicos que participaram, na última sexta-feira (25), do Projeto Balanço Geral nos Bairros, em Cajazeiras. Com a Ação Cidadã - Defensoria Itinerante, os defensores públicos prestaram atendimento judicial e extrajudicial aos moradores de um dos bairros mais populosos da capital baiana.

Dona Noêmia procurou o serviço da Defensoria Pública para solicitar um exame de DNA, já que a criança, hoje com quatro anos, não foi registrada pelo pai, "O defensor explicou tudo que eu tenho que fazer para conseguir a guarda da minha neta. Vou lutar para conseguir a guarda da minha netinha", diz. Para o defensor Ricardo Carillo, o trabalho desenvolvido é muito importante por chegar mais próximo da comunidade e firmar a credibilidade e legitimidade da instituição. "Muitas pessoas que são atendidas aqui não têm nenhuma condição de pegar um ônibus e nem tem onde deixar os filhos. Estas ações facilitam o atendimento e encurta a distância entre a Defensoria e o assistido", destaca.

As maiores demandas são as ações de pensão alimentícia, investigação de paternidade, divórcio e regularização de imóveis. A empregada doméstica Patrícia Costa, 33 anos, foi buscar garantir o direito da pensão para suas duas filhas de dez e cinco anos. "A Defensoria foi essencial em prestar orientação do que devo fazer, porque não tenho condições de sustentar elas sozinha", desabafou. Para a defensora Ariana Sousa, "ficar mais próximo da população facilita a constatação dos tipos de demanda mais recorrentes naquela região", conclui. O evento contou ainda com a presença do Tribunal de Justiça, SAC, PROCON, Limpurb