COMUNICAÇÃO

Defensoria participa dos 50 anos de imortalidade de Marighella e destaca resgate da história no Júri Simulado

08/11/2019 12:29 | Por Ingrid Carmo DRT/BA 2499

Sessão especial foi realizada na ALBA e contou com músicas, poesias, vídeos e trechos do filme sobre o militante e escritor Carlos Marighella

“Não tive tempo de ter medo”. Na semana em que o assassinato do militante e escritor Carlos Marighella completa 50 anos, os pensamentos dele de luta e liberdade ainda ecoam pelo país e, nesta quinta-feira, 7, uma sessão especial na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia – ALBA foi realizada em memória da sua imortalidade. Durante o evento, que contou com a participação da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA, o Júri Simulado promovido pela Instituição e, que garantiu a sua absolvição, foi relembrado.

“Diante de uma pessoa que teve a coragem de enfrentar a ditadura militar e que deu o exemplo que a lealdade tem que ser maior do que qualquer medo, o nosso Júri Simulado deu a chance a Carlos Marighella de exercer o seu direito ao contraditório e à ampla defesa. Com este projeto, mostramos que quem senta no banco dos réus não é, necessariamente, um vilão, muitas vezes, é o herói. Enquanto houver lealdade, Marighella vive!”, destacou o defensor público geral, Rafson Saraiva Ximenes, que também lembrou da música do grupo Racionais MC’s e definiu o militante como “um homem leal de mil faces”.

Proposta pelo deputado estadual Hilton Coelho, a sessão especial também teve a presença dos familiares de Carlos Marighella, políticos, professores, estudantes e membros de diversas organizações e da sociedade civil. A programação contou com músicas, poesias, vídeos, trechos do filme sobre a vida do homenageado – que tem a direção do também baiano Wagner Moura – e muitos gritos em apoio à coragem e a luta do militante. “Ainda bem que existe Marighella: que canta o povo, seus temores, suas alegrias e suas dores”, bradou o ator baiano Jackson Costa, em uma das apresentações. “Meu pai é uma unanimidade e ele ainda está presente, ele é luta, é ação, e amava a Bahia”, contou o filho Carlinhos Marighella.