COMUNICAÇÃO
Defensoria promove debate sobre direitos da mulher e machismo no ambiente de trabalho em hospital público de Ilhéus
A roda de conversa faz parte das ações da instituição que buscam promover um ambiente de equidade de gênero.
O assédio moral e sexual nos mais diferentes ambientes e a importância do combate ao machismo na sociedade são pautas cada vez mais presentes nas atuações da Defensoria da Bahia, seja por meio de ações, políticas ou de capacitações. Em Ilhéus, sul do Estado, a DPE/BA vem promovendo reuniões com funcionários(as) do Hospital Materno-Infantil Doutor Joaquim Sampaio (HMIJS) para tratar dos direitos da mulher na sociedade e no ambiente de trabalho.
A atividade partiu de um pedido da gestão do hospital como uma de suas ações no mês das mulheres e conta com a atuação das defensoras públicas Luanna Ramalho, Juliana Florindo e Cristiane Barreto, que coordenam a capacitação no hospital em duas estapas. O primeiro encontro foi exclusivamente com as funcionárias a fim de promover uma troca de vivências das mulheres em relação ao machismo que está presente tanto dentro quanto fora do ambiente profissional.
As defensoras já têm uma atuação presente na cidade de Ilhéus à partir do Grupo de Trabalho da Defensoria que busca realizar atividades de combate à violência obstétrica e promoção de direitos reprodutivos e sexuais. Por conta dessa atuação, o diálogo com o Hospital pode ser feito de maneira satisfatória.
“Podemos levar para essas outras instituições um pouco da experiência que a gente tem no nosso diálogo interno, sobre como enfrentar a violência de gênero dentro da nossa instituição e assim também podemos colher um pouco de como as instituições estão enfrentando e trazer isso para dentro da defensoria”, avaliou a defensora Luana Ramalho.
Uma das ações que as defensoras destacaram e que tem sido desempenhada na instituição foi a Política de Equidade de Gênero e Combate a Discriminação contra as Mulheres da DPE/BA, que teve seu lançamento neste mês de Março. Essa política visa combater o assédio moral e sexual assim como a discriminação na ocupação de cargos, de promoção de uma linguagem não sexista, da valorização da lactação e do trabalho materno, além do reconhecimento das mulheres trans.
A atuação da Defensoria no Hospital não ficará restrita às mulheres. Em data, ainda não confirmada, o defensor público João Victor de Queiroz Sousa deve se reunir com os funcionários, homens, para também promover a discussão sobre os direitos das mulheres.