Autoridades locais, gestores públicos, parlamentares municipais, estaduais e federais e diversas outras pessoas tiveram como destino único nesta quinta-feira, 16, a Lavagem do Bonfim, que ocorre tradicionalmente toda segunda quinta-feira de janeiro. E, pela 12ª vez, a Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA acompanha o cortejo junto a pessoas que expressam culturas diversas, praticantes do catolicismo e do candomblé, em especial.

Defensores públicos e servidores da instituição essencial à Justiça marcaram presença na concentração, na Basílica Nossa Senhora da Conceição da Praia, e seguiram para a Sagrada Colina, vestindo camisa e boné com a logomarca da Defensoria. Na ocasião, foi divulgado o lema escolhido para 2020: “Defenda a sua cultura, nós defendemos o seu direito” – dizeres que visam demonstrar a atuação da Defensoria Pública em prol do combate ao racismo institucional, da preservação da cultura negra e valorização das entidades carnavalescas de matrizes africanas.

“A Lavagem do Bonfim é uma celebração da democracia, da pluralidade, da tolerância religiosa e cultural na Bahia”, refletiu na ocasião o defensor público geral, Rafson Saraiva Ximenes. Alinhado com o caráter pacífico, respeitoso e sincrético da festa, o gestor da DPE/BA mandou uma mensagem para os participantes da festa e para o público em geral.

“Quem pode vir, presenciou essa festa muito bonita. Quem não pode comparecer, independente do motivo, preserve a sua fé e aquilo em que acredita, mas sempre respeitando o próximo”, afirmou o defensor-geral.

Senhor do Bonfim: 275 anos

A Lavagem do Bonfim é uma celebração marcada pelo sincretismo: católicos homenageiam o Nosso Senhor do Bonfim e candomblecistas prestam homenagens a Oxalá. Em 2020, a festa marca o período desde a chegada da imagem a Salvador por meio do lema ‘Senhor do Bonfim: 275 anos de devoção, veneração e proteção’.

Na Basílica Nossa Senhora da Conceição da Praia, no Comércio, a celebração foi iniciada no culto ecumênico com a presença soteropolitanos, baianos em geral e turistas, que vieram à capital baiana participar da festa. Em seguida, milhares de pessoas caminharam por cerca de 8km até a Sagrada Colina, no Bonfim, para a lavagem das escadarias.