Aconteceu nesta segunda feira, 16, no auditório da Escola Superior da Defensoria Pública do Estado da Bahia – Esdep, o evento “Mente Sã, Corpo São”, que discutiu estratégias de cuidado em saúde mental para a pessoa idosa. O evento contou com a participação da subcoordenadora da Especializada em Proteção à Pessoa Idosa da DPE/BA, Laíse Carvalho, do Coral Falando de Amor, do Centro de Convivência Irmã Dulce, da terapeuta educacional Helena Pataro e de representantes da sociedade civil.

A apresentação do Coral Falando de Amor, formado por pessoas idosas do Centro de Convivência Irmã Dulce, levou músicas e alegria para o público presente. Além das músicas, houve a apresentação de poema da autora Clarice Lispector sobre as mudanças da vida. “Temos a preocupação de receber, o histórico musical de cada uma, a partir disso criamos um repertório do coral”, afirmou a educadora social do Centro de Convivência, Chirlei Dultra.

Logo após, a subcoordenadora da Especializada em Proteção à Pessoa Idosa da DPE/BA, Laíse Carvalho, explicou sobre o atendimento oferecido pela Defensoria e as etapas necessárias para se ajuizar uma ação. “Embora trabalhemos com questões jurídicas, lidamos muitas vezes com a saúde mental dos idosos”, afirmou Laíse Carvalho.

Ainda em sua fala, a subcoordenadora mostrou o perfil de atendimento da Especializada durante o período de um ano, no qual foram traçados os perfis dos assistidos atendidos. Dados como gênero, local onde moram, escolaridade, fator étnico/racial, renda mensal, tipos de violência e as ações efetivas pela Defensoria foram apontados. Como resultado, a Especializada contabilizou, durante este período, o atendimento a 365 idosos, em sua maioria mulheres, com ensino médio e que ganham um pouco mais de um salário mínimo. Na questão da violência contra os idosos, foram identificados os filhos como principais agressores, seja na violência física ou emocional.

Ainda durante o evento, o envelhecimento e o modo como os idosos são tratados diariamente foram os assuntos tratados pela terapeuta educacional Helena Pataro. “A velhice deve ser considerada uma etapa da vida. A integração entre as fases é algo que deve ser fundamental”, afirmou a terapeuta.