Crianças obrigadas a viver em situações subumanas, residindo em barracos no meio do lixão. Essa é a realidade das famílias de 100 catadores de lixo que vivem no aterro sanitário da região de Itariri, em Ilhéus. Em um projeto de requalificação do aterro, iniciado pela Prefeitura local, a Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/ BA foi acionada no sentido de apoiar as famílias, em uma interação junto ao poder público.

Reuniões estão sendo realizadas quinzenalmente aos sábados com os trabalhadores, nas quais são pontuadas as principais idéias do projeto e tem a participação da subcoordenadora da unidade Ilhéus, defensora pública Elizete Reis. “A Defensoria está atuando como intercambio para essas pessoas, orientando-os quanto às documentações necessárias e direitos das famílias”, pontuou.

De acordo com informações da Secretaria de Assistência Social e Trabalho da Prefeitura de Ilhéus, um galpão será construído para que as famílias guardem seus materiais. “O principal motivo da permanência deles no local é a disputa pelo material recolhido. Eles catam e não tem onde guardar, por isso acabam vivendo ali para poder garantir que todo seu trabalho não desapareça no dia seguinte”, explicou a assistente social da Secretaria, Maria Marta de Carvalho.

A assistente social garante ainda que todas as famílias serão cadastradas para que possam dar continuidade ao trabalho, receber cestas básicas e vales transporte para garantir seu deslocamento. “É essencial que a Defensoria Pública acompanhe este projeto e atue na garantia destes benefícios aos trabalhadores”, acrescentou a assistente social.