COMUNICAÇÃO
Defensoria Pública atua em parceria com a Central de Interpretação de Libras da Bahia
O órgão funciona de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30
Com o objetivo de promover o acesso aos órgãos públicos, a Central de Interpretação de Libras do Estado da Bahia – Cilba – presta serviços de tradução e interpretação de libras, presencialmente ou por teleconferência, para pessoas surdas ou com alguma deficiência auditiva, e seus familiares. A Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA é parceira do órgão.
“A Defensoria Pública vem ao longo dos anos se adaptando à questão de acessibilidade. Hoje já temos uma defensora pública na capital que atua na defesa das pessoas com deficiência, que é a 2ª DP Especializada de Direitos Humanos; a Assessoria de Comunicação recebeu capacitação para utilizar a hashtag #PraCegoVer nas redes socais, além disso compramos dois carros escaladores para as unidades da Defensoria na capital que possuem escadas”, explicou a coordenadora das Especializadas da Capital da DPE/BA, Gianna Gerbasi.
Ainda de acordo com a defensora pública, a Unidade Móvel de Atendimento, inaugurada em novembro de 2016, é adaptada com elevador que auxilia as pessoas com deficiência física. “Temos também a parceria com a Cilba que pode nos ajudar no atendimento de pessoas surdas”, disse Gianna Gerbasi.
“Muitas vezes, pessoas surdas vêm à Central com queixas de que foram mal atendidas, por não haver pessoas preparadas para fazê-lo. Estamos falando de um universo de 170 mil pessoas com algum tipo de deficiência auditiva. Consequentemente, queremos ter isto como um horizonte”, ressalta o superintendente da Sudef, Alexandre Baroni.
Segundo a coordenadora da Cilba, Laiza Rebouças, o atendimento é voltado apenas para os órgãos públicos. “A Cilba foi criada com foco no surdo. Usamos a Língua Brasileira de Sinais para esse atendimento. Temos três interpretes, duas ouvintes e eu, como intérprete surda. Sou coordenadora, oralizada e posso ajudar nesse atendimento”, esclarece.
Mary Rose Barros, 42 anos, precisava solicitar o passe livre, após mudar-se para Camaçari, pois o endereço estava trocado. Após várias tentativas, ela só conseguiu com a ajuda da intérprete Isabela Santos, 23. “Enfrentei muita dificuldade para explicar o que aconteceu, mas, graças a Deus e aos intérpretes que me ajudaram, consegui pegar o benefício”, conta.
A Central que funciona no Instituto Anísio Teixeira, na Paralela, foi reinaugurada em 2016 pela Secretaria da Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do Estado da Bahia (SJDHDS), por meio da Superintendência dos Direitos das Pessoas com Deficiência (Sudef).
Atendimento
No atendimento presencial, o usuário solicita que um intérprete de libras se desloque até o serviço público em que ele precisa de atendimento. Ele se comunica na língua de sinais com o intérprete, que faz a tradução simultânea para o funcionário do estabelecimento. Para isto, é preciso fazer um cadastro, com dados pessoais, como RG, CPF, filiação, e fornecer duas fotos 3×4. Outra opção é o solicitante ir até a Cilba, para que um intérprete o auxilie, por exemplo, em uma ligação telefônica que precise fazer para um órgão público.
Existe, ainda, o atendimento pela internet, na página da central no Facebook (Cilba Central de Interpretação de Libras da Bahia) ou via Skype (Cilba.Sudef), para mediação da central com o serviço público, ou comunicação direta por vídeo, com outro usuário de libras. São 50 atendimentos por dia, entre presenciais e a distancia. O órgão funciona de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30.