COMUNICAÇÃO
Defensoria Pública conversa com estudantes sobre gênero e violência contra a mulher
Mais dois encontros serão realizados na Escola Estadual Conselheiro Vicente Pacheco de Oliveira
Mulher para casar. Homem não pode ajudar nas tarefas domésticas. Mulher de respeito não usa roupa curta. Homem sensível é gay. Com o objetivo de desmistificar esses e outros estereótipos e trabalhar as questões de gênero e violência aconteceu nesta quarta-feira, 11, na Escola Estadual Conselheiro Vicente Pacheco de Oliveira, em Dom Avelar, o primeiro encontro do projeto Discutindo de todos os jeitos: Violência contra as Mulheres é assunto para ontem!, que é promovido pela Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA, através do Núcleo Especializado na Defesa da Mulher – NUDEM.
“O que percebo muitas vezes durante os atendimentos é que enquanto a mulher está dependente do homem o relacionamento flui, mas se ela começa a se destacar, por exemplo, na área profissional, os problemas se iniciam. O domínio do machismo é a raiz do problema por isso precisamos desconstruir certos tipos de conceitos”, disse a defensora pública Viviane Luchini.
A estagiária em Gênero e Diversidade da Defensoria, Bárbara Santana, apresentou os dados da pesquisa “Violência contra a mulher: o jovem está ligado?”, realizada pelo Instituto Avon com jovens entre 16 e 24 anos. No estudo, padrões machistas puderam ser constatados: 51% disseram que a mulher deve ter a primeira relação sexual com um namorado sério e 25% afirmaram que, se uma mulher usa decote ou saia curta, é porque está se oferecendo para homens.
Feminicídio, tipos de violência e o trâmite para concessão da medida protetiva também foram abordados. “A violência dificilmente surge do nada. Ela vai dando pequenos sinais no dia a dia. Coisas que são chamadas de bobagem, como um empurrão, são indícios sérios que pode evoluir para algo maior”, falou a psicóloga da DPE/BA, Vanina Cruz. O próximo encontro será realizado na próxima quinta-feira, 19.