Representando o defensor público geral, Clériston Cavalcante de Macêdo, o defensor público César Ulisses Monteiro, titular da 3ª DP de Direitos Humanos, participou de sessão especial promovida pela Assembleia Legislativa da Bahia em homenagem ao sindicalista Paulo Colombiano e sua esposa, Catarina Galindo, mortos em 2010. A iniciativa, proposta pela bancada do PCdoB na ALBA, através dos deputados Bobô, Fabrício Falcão e Zó, também foi uma manifestação contra a demora no julgamento dos acusados pelo assassinato do casal.

Para César Ulisses, casos como este precisam ser devidamente apurados "com rapidez e eficiência, evitando delongas do Judiciário, e os comprovadamente culpados devem ser punidos". Entre os presentes, foi unânime a defesa da história do casal na luta em defesa da democracia, dos direitos dos trabalhadores e contra a corrupção.

Caso

Paulo Roberto Colombiano dos Santos e Catarina da Ascenção Galindo foram mortos em 29 de junho 2010, no bairro de Brotas, quando dois homens dispararam sete tiros contra o casal. Durante as investigações, cinco suspeitos foram denunciados pelo Ministério Público do Estado da Bahia. Atualmente, os cinco respondem em liberdade. Segundo a Promotoria, dois deles são donos da Mastermed, empresa que presta serviço de plano de saúde ao sindicato, apontados como autores intelectuais do crime; um é empregado dos empresários e é acusado de ter tido a função de executar as vítimas, os outros dois são acusados de partícipes, com suposta função de vigiar a rotina do sindicalista e de sua esposa.

De acordo com o inquérito, as mortes foram motivadas por investigação interna feita por Colombiano nas contas do sindicato relativas ao pagamento dos gastos com plano de saúde.