O Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado da Bahia, de posse de lista tríplice forma pela sociedade civil, elegeu, na última sexta-feira (18), a nova ouvidora geral da Instituição. A eleita foi a assistente social Tânia Palma, que deverá exercer o cargo por dois anos. A nova Ouvidora Geral toma posse na nova função em substituição a Anhamona de Brito, que ocupou o cargo por dois anos. No total, três candidaturas participaram da disputa.

Representantes de quinze Conselhos Estaduais de Direito indicaram, no dia 25 de fevereiro, os três nomes para composição da lista. O de Tânia Palma, membro do Grupo Operativo, foi o mais votado. Ela obteve 14 votos, seguida por Jorge Salles (7 votos) e por Pascoal dos Santos (1 voto). Todas as etapas foram acompanhadas pela Comissão Eleitoral, presidida pelo defensor público Gilmar Bittencourt, e formada pelo membro do Grupo Operativo, Marciel Theodório e por Verônica Julião, servidora da Ouvidoria.

Em suas propostas, Tânia Palma fala de aprofundamento da participação social. "O aprofundamento democrático da Instituição, utilização de novos mecanismos de participação social como a criação de um espaço de serviço avaliador da Ouvidoria onde a comunidade tem a oportunidade de se manifestar sobre a atuação do órgão, e a realização de conferências e audiências públicas são algumas das minhas prioridades", declarou.

A nova ouvidora pontua ainda que "toda minha atuação será visando a humanização e o aperfeiçoamento dos trabalhos da Instituição junto à sociedade civil. Agradeço a todos pelas discussões que permitiram os diálogos entre nós. Vamos continuar possibilitando a integração entre a Defensoria e sociedade, por meio da Ouvidoria Geral", declara após eleita".

A sessão extraordinária foi convocada pela nova defensora pública geral e presidente do Conselho, Maria Célia Padilha, que durante eleição reforçou o papel da Ouvidoria para os candidatos ao cargo. "A Ouvidoria é um órgão auxiliar da Defensoria, que visa melhorar a qualidade dos serviços prestados pela Instituição, através dos diálogos permanentes com a sociedade civil e órgãos públicos, ampliando a estrutura do acesso a justiça".

Para a efetivação da inscrição, os/as candidatos/as tiveram que apresentar histórico de militância em movimentos sociais, comprovação de terceiro grau completo, envolvimento com áreas relacionadas à atuação da Defensoria Pública, propostas para gestão, além de um pequeno currículo com informações profissionais.

Currículo - Tânia Palma é assistente social, natural de Santo Antônio de Jesus, Recôncavo baiano e sua trajetória na militância social começou aos 14 anos de idade na igreja Católica da cidade. Já atuou em trabalhos sociais, como presidente da associação de moradores do Nordeste de Amaralina, onde mora, e participou de diversos movimentos de implementação de políticas públicas para mulheres da Rede Feminista da Universidade Federal da Bahia (UFBA), movimento de defesa à moradia na Federação de bairros e atualmente é membro do Grupo Operativo.