Assegurar direitos como saúde, alimentação e a dignidade de cerca de 70 idosos. Essa foi a principal preocupação que motivou a reunião desta quarta-feira (31) entre a Defensoria Pública, a Secretaria Municipal do Trabalho, Assistência Social e Direitos do Cidadão (Setad), a Secretaria Municipal de Saúde, Procuradoria do Município e entidades como o Movimento Familiar Cristão e o Conselho Municipal do Idoso.

No encontro, que aconteceu na Prefeitura de Salvador, os representantes das entidades sociais apresentaram denúncias e fotos que comprovam a situação de abandono do D. Pedro II, o único abrigo público municipal da cidade para este púbico. "Primeiro nós ouvimos alguns relatos e, a partir daí, para que pudéssemos comprovar as situações apontadas, convidamos a Defensoria Pública para uma visita. Vimos coisas que não são adequadas aos idosos, como a falta de acessibilidade, lixo a céu aberto, falta de segurança e mofo em alguns cômodos do imóvel", afirmou o presidente do Conselho Municipal do Idoso, Padre José Carlos Santos.

Além disso, foram expostas denúncias relacionadas à assistência à saúde dos idosos, já que o médico que trabalha no abrigo não vem cumprindo a carga horária necessária. Na oportunidade, o subdefensor público geral do Estado, Érico Penna e a coordenadora da Especializada do Idoso, Maria Auxiliadora Bispo, sugeriram uma ação da Defensoria voltada à orientação jurídica dos idosos do D. Pedro II. Para oficializar o projeto, será assinado um convênio entre a Defensoria e a Prefeitura. "O Convênio viabilizará atendimentos jurídico integral aos idosos do Abrigo, como assuntos relacionados à aposentadoria, contato com as famílias, registros públicos como RG, CPF e outros documentos essenciais, no intuito de garantir a dignidade dessas pessoas", afirmou a coordenadora da Especializada.

Medidas para a melhoria da estrutura física do espaço e para um melhor tratamento aos idosos foram asseguradas na reunião por cada instituição pública presente.