Em comemoração ao Dia dos Avós, celebrado no dia 26 de julho, a Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA, através da Especializada em Proteção à Pessoa Idosa, promoveu na tarde desta terça-feira, 8, a palestra Três olhares acerca da importância da afetividade no processo de envelhecimento. O evento lotou o auditório da Escola Superior da Defensoria Pública – ESDEP, com público diverso composto por jovens, adultos e idosos.

O objetivo da palestra foi abordar três aspectos que acometem esse segmento da população. A ludicidade, os novos arranjos familiares e as instituições de longa permanência.

Para a defensora Pública e subcoordenadora da Especializada em Proteção à Pessoa Idosa, Laise Carvalho, a ação foi uma forma de explanar sobre temas recorrentes para a população idosa, mas sem deixar de trazer alegria.

“Abordamos sobre a ludicidade e a importância de que eles continuem ativos intelectualmente. O aspecto afetivo também, pois muitas pessoas idosas sofrem abandono enquanto outras mantém um vínculo familiar. E falamos sobre aquelas pessoas que estão institucionalizadas, residindo em instituições de longa permanência”, afirmou a subcoordenadora.

Ludicidade e Intelectualidade

A primeira palestra foi do professor da Universidade Aberta à Terceira Idade – UATI/UNEB, Antônio Nascimento, que explanou sobre a importância da ludicidade e intelectualidade para o fortalecimento dos vínculos e estímulos à afetividade da Pessoa Idosa.

Durante a sua fala, o professor Antônio ressaltou a importância da assistência integral ao idoso e em como as atividades voltadas para esse público tem tido grande procura. “É importante que possibilitemos o acesso às novas tecnologias para a população idosa para que ele não fique para trás, com medo de mexer nos eletrônicos”, afirmou.

Convivência familiar e social

A segunda palestra ficou a cargo do irmão Gabriel, gestor da Instituição de Longa Permanência São Gabriel para Idosos de Deus, que abordou sobre a convivência familiar e social nas instituições de longa permanência.

“As famílias não estão preparadas para a terceira idade. Dos idosos abrigados na nossa Instituição, apenas 5% possuem a família presente”, declarou o palestrante que ressaltou ainda a importância de integrar o idoso às diversas áreas e públicos.

Novos arranjos familiares

A terceira e última palestra foi ministrada pela assistente social do Núcleo de Atendimento Psicossocial da Defensoria Pública, Fernanda Paixão, que abordou sobre a situação do idoso nos novos arranjos familiares e o papel da assistente social na mediação/conciliação de conflitos.

“Hoje existem diversas formas de famílias em que o idoso está inserido; não é mais aquela família tradicional. Dentre os casos que mais atendemos estão questões de guarda, visita e alimentos”, explanou. A assistente social Raissa Aquino também apresentou aspectos da Defensoria Pública e abriu a mesa para perguntas e dúvidas do público.

Assistidos

A expectativa de dona Jessi Matias em ter acesso a mais conhecimento através da palestra era grande. “Quero compreender algumas coisas sobre a nossa idade, sobre o que ainda podemos aprender mesmo sendo idosos. Vim para entender e aprender mais”, declarou a aposentada de 78 anos que pratica caça-palavras para estimular a memória.

Seu Erasmo Ferreira também ativa a memória com jogos. “Eu acho importante fazer caça-palavras porque ativa a memória, pois se ficarmos com a memória parada vai ser ruim”, afirmou o aposentado de 77 anos.

O evento também contou a participação cultural do Samba de Roda Grupo Renascer das Obras Sociais Irmã Dulce – OSID e com representantes da órgãos públicos, privados, instituições de longa permanência, professores, estudantes e sociedade civil.