O empréstimo consignado é uma forma de gerar crédito com taxas menores para pessoas da terceira idade e só pode comprometer no máximo 30% do valor da aposentadoria ou pensão dos idosos, o que não está acontecendo atualmente. Para prestar esclarecimentos a este público sobre os riscos dos empréstimos, a Defensoria Pública, através da Especializada do Idoso, prestou orientação jurídica na última sexta-feira (01) no Shopping Piedade das 9h as 17h.

Segundo a Defensora Gisele Aguiar, os bancos aproveitam a fragilidade dos idosos fazem os empréstimo sem um contrato claro. "Não é informado o verdadeiro custo, o correto é liberar no máximo um valor que corresponda a 30% do rendimento deste idoso e os contratos, em sua maioria, ultrapassam este valor. Isto acaba comprometendo a renda do idoso", destacou a defensora.

O aposentado Aldelício de Oliveira, 81 anos, esteve no stand da Defensoria e comentou o atendimento: "Graças a Deus, eu nunca peguei empréstimo. Se eu morrer hoje não devo um tostão, mas muitos idosos não têm este mesmo pensamento e acabam se endividando", declarou o aposentado. A Defensora Gisele Aguiar também pontuou que o mais indicado é evitar o empréstimo, o que foi respaldado pela Defensora Cristina Ulm que também esteve presente, mas caso seja necessário, é importante ir a vários bancos, consultar os juros e analisar muito bem o contrato.

De acordo com a defensora Camila Canário, subcoordenadora do Núcleo, esta orientação tem como foco conscientizar os idosos para que exijam seus direitos, "o objetivo maior com esta atividade educativa é alertar para a necessidade de uma consulta prévia à contratação do serviço. A defensoria pretende desta forma, propor um novo olhar de prevenção do conflito em vez e mera judicialização de demandas", concluiu Camila.