A Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA participou nesta sexta-feira, 7, da comemoração dos 9 anos de aprovação da Lei Maria da Penha, na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) em Brotas. A defensora pública titular do 5º DP de Direitos Humanos, Roberta Chaves Braga, disse que hoje existem uma série de instituições que trabalham em defesa dos direitos da mulher de forma muito bem estruturada," pessoas que já vêm trabalhando há um bom tempo e a Defensoria Pública vai acrescentar nesta rede enfrentando os desafios que vem pela frente".

A defensora pública, durante sua participação na palestra, apresentou um vídeo sobre a história da Lei Maria da Penha e em seguida fez uma exposição onde trouxe números relativos à violência contra a mulher. As palestrantes destacaram a necessidade de se discutir a inserção de programas que tratem não só do atendimento à mulher vítima da violência, como também do agressor, tendo em vista a imprescindibilidade de conter a grande reincidência e a urgência de conscientizar os agressores a mudarem de postura.

A delegada Heleneci Silva, titular da DEAM, disse que a ideia do ciclo tem como objetivo fazer um amplo balanço sobre as mudanças e os avanços que a Lei Maria da Penha proporcionou e proporcionará no combate à violência contra a mulher. "Decidimos reunir representantes de cada uma das instituições que lidam com a lei e conhecer suas experiências", explicou a delegada.

A promotora de justiça do Ministério Público do Estado da Bahia, Luciana André de Meirelles, no decorrer da sua explanação sobre as consequências da violência para a mulher, ponderou que "a ferida sara, os ossos quebrados se recuperam, o sangue seca, mas a perda da autoestima, o sentimento de desvalia e a depressão são feridas que não cicatrizam".

O ciclo de palestras contou ainda com a presença da delegada Vânia Nunes, titular da DEAM/Periperi, a delegada e vereadora Kátia Alves, a delegada Albertina Machado e a capitã da polícia militar Paula Queirós. O evento foi organizado pelas assistentes sociais da DEAM/Brotas, Rosane dos Santos Andrade e Tânia Negreiros Maia.

ESTATÍSTICA

– Segundo a ONU, 7 em cada 10 mulheres no mundo já foram vítimas de violência física e/ou sexual em algum momento de sua vida.

– Feminicídio: o Mapa da Violência 2012, publicado pelo Instituto Sangari, aponta que, de 1980 a 2010, foram assassinadas no país mais de 92 mil mulheres.

– Violência Sexual no Brasil: Em 2011, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde, 12.087 casos de estupro no Brasil, conforme dados do Anuário 2013 do Fórum Brasileiro de Segurança Pública

(Fonte: FBSP).