“Esse é talvez o evento mais importante que a Defensoria participou neste ano”, disse o subcoordenador da Especializada Cível e Fazenda Pública, Gil Braga, que destacou o alto grau de vulnerabilidade social, econômica e emocional dos participantes. O Abraço à Microcefalia aconteceu ontem, 5, na Escola Municipal Casa da Providência no bairro da Saúde e contou com a participação da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA, Instituto Nacional da Seguridade Social – INSS, Defensoria Pública da União – DPU, Secretaria Municipal de Saúde e Laboratório LPC.

Devido ao surto de Microcefalia que atingiu a Bahia, muitas famílias tiveram que se adaptar às limitações que a enfermidade acomete a criança. Esse foi o caso de Ramon Lopes que tem um filho de 1 ano e 9 meses. “No começo foi um pouco difícil, porque nem eu nem a mãe dele sabia lidar, mas aí foram aparecendo os projetos, e hoje posso dizer que estamos bem”, contou Ramon.

Com relação aos cuidados especiais necessários para o adequado desenvolvimento da criança com Microcefalia, Ramon explicou que “ele precisa fazer fisioterapia constantemente, algumas crianças precisam de fonoaudiólogo devido à dificuldade com a dicção, atenção especial com alimentação, esses são os cuidados básicos que temos que ter diariamente”.

Gil Braga explicou que a ideia da participação da DPE/BA é atender a toda demanda das mães e pais para que sejam identificadas todas as questões jurídicas, para que sejam encaminhadas aos defensores com suas respectivas demandas. “Área de Família, Cível, Consumidor, Fazenda Pública e demandas contra o INSS, toda essa gama de pedidos na área jurídica vão ser apresentadas e agendadas para o atendimento com o defensor”, disse o subcoordenador.

As principais demandas apresentadas no Abraço à Microcefalia foram: benefício assistencial, Minha Casa Minha Vida (pessoas com filhos com a enfermidade têm preferência) e medicamentos.

No dia 23 de novembro acontecerá outro mutirão para atender ao restante das pessoas não puderam ser atendidas nesse primeiro momento. No momento o cadastro conta com 170 famílias nesta situação.