COMUNICAÇÃO
Defensoria Pública participa de seminário sobre Justiça social e construção da paz
Trabalho escravo moderno e exploração sexual também foram discutidos
O Instituto de Estudo e Ação pela Paz com Justiça Social – IAPAZ promoveu nesta quarta-feira, 13, no auditório do Ministério Público do Trabalho, o seminário A Construção da Paz e o Combate à Escravidão Moderna. O evento teve como foco principal discutir mecanismos que reprimam todo e qualquer tipo de trabalho escravo, exploração sexual, trabalho infantil e mendicância.
A defensora pública Cristina Ulm representou a Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA e falou sobre o trabalho escravo. “Precisamos mudar esse retrospecto do trabalho escravo no Brasil. É assustador que exista esse tipo de prática desumana e outros tipos de exploração para com as pessoas em pleno século 21. A mudança e a reflexão se fazem necessárias, inclusive nas urnas”, salientou.
O presidente da IAPAZ e ex-secretário da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado – Setre, Álvaro Gomes, falou de como é importante que a justiça social para a construção da paz seja tema de várias discussões e assunto principal para que as políticas públicas funcionem. “É necessário que esse debate seja feito e que a gente possa encontrar caminhos para resistir e combater todo e qualquer tipo de exploração, seja no trabalho infantil, trabalho escravo ou exploração sexual; temos que combater essas doenças sociais, pois sem justiça social nunca haverá a paz”, declarou.
O ex-secretário ainda falou sobre a importância da Defensoria no combate a essas práticas. “Quero destacar a Defensoria Pública do Estado como um órgão que tem uma principal preocupação e foco nos que mais precisam, portanto, é uma instituição que tem que ser cada vez mais fortalecida para defender a população carente no nosso estado”, ressaltou.
Escravidão Moderna
O secretário de Desenvolvimento Rural do Estado da Bahia, Jerônimo Rodrigues, alertou sobre o trabalho que caracteriza escravidão moderna. “Quando o trabalho não nos dá tempo de aproveitar a família, de descansarmos a nossa mente ou mesmo ter um tempo livre, podemos dizer que isso é um tipo de escravidão moderna. Acreditem, existe alguém ganhando muito com esse tipo de situação em cima da classe trabalhadora e nem nos damos conta de que estamos sujeitos a essa escravidão por conta da correria diária”, observou.