COMUNICAÇÃO

Defensoria Pública promove reunião para discutir educação bilíngue para surdos na Bahia

10/06/2013 19:46 | Por
A Defensoria Pública da Bahia promoveu na última quarta-feira, (29), na sede da Instituição, no Canela, uma reunião para discutir a implantação de escolas bilíngues desde o ensino fundamental, em todo o Estado. A medida é uma reivindicação da comunidade de surdos na Bahia. Segundo representantes deste grupo, o Decreto Federal 5.626/05, que prevê a implantação obrigatória de cursos de libras para formação de professores nos cursos de pedagogia, letras e alunos do curso fonoaudiologia, não vem sendo cumprido.

As defensoras públicas da Especializada de Direitos Humanos, Fabiana Almeida e Melisa Teixeira, ouviram dos representantes desta comunidade, relatos de que uma única disciplina de libras, com carga horária reduzida, é insuficiente. Os alunos de pedagogia se formam sem saber libras e sem conhecer a cultura surda.

Para a comunidade de surdos, ao invés de serem implantadas escolas de educação tradicional municipais (1ª a 9ª série) e estaduais (ensino médio), que ofereçam aulas em libras, o ideal é que fossem implementadas escolas bilíngues, onde a primeira língua que se aprende é libras, por ser a primeira língua da comunidade surda. Em seguida, todas as aulas seriam dadas em libras e não através de intérpretes. A maior dificuldade é que não há professores das diversas matérias, tais como português, matemática e história capacitados em libras. No entanto, com a criação das escolas bilíngues, tais profissionais seriam incentivados a aprender libras.