Os profissionais de Psicologia e Serviço Social da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA tiveram o seu primeiro encontro nesta quinta-feira, 10. Com programação durante todo o dia, entre às 9h e 17h, e com a presença de profissionais do Núcleo de Apoio Psicossocial – NAP de diversos setores da Defensoria, incluindo os das comarcas regionais, o evento teve como objetivo promover diálogo no que tange às atribuições e competências profissionais dos psicólogos e assistentes sociais frente às atividades desempenhadas.

A subcoordenadora da Especializada de Proteção aos Direitos Humanos da DPE/BA, Eva Rodrigues explicou que por conta de atuarem em áreas geograficamente afastadas e em diferentes setores, tornou-se necessário promover um diálogo entre os membros dos Núcleos de Atendimento Psicossocial e reunir estas pessoas em um único espaço para articulação e troca de experiências.

No período da manhã, após a abertura do evento pela subcoordenadora Eva Rodrigues, teve início o diálogo e exposição compartilhada dos representantes, que se apresentaram, identificaram o setor da DPE a qual estão vinculados e expuseram as suas demandas mais frequentes, assim como os principais desafios vivenciados.

Entre os pontos levantados, foi trazida a questão da segurança nos atendimentos (no que diz respeito à integridade física dos profissionais), a capacitação dos profissionais que fazem a triagem dos assistidos e a necessidade ou não de encaminhamento ao NAP, a estrutura para o atendimento e imprescindibilidade de um espaço adequado que assegure o sigilo profissional, as pressões no trabalho, a importância da humanização no atendimento, a carência de capacitação técnica em mediação de conflitos e o posicionamento em relação à internação compulsória.

A discussão, no turno da tarde, continuou com o aprofundamento dos pontos listados, tratou da atuação do núcleo a serviço da atividade fim e ponderou as diretrizes básicas e intervenções possíveis de atuação do NAP, a serem registradas em relatório. Foi também distribuído para os psicólogos material informativo que continha o código de ética e guia profissional da classe.

Outros objetivos da reunião eram a composição de um fluxograma de atendimento interno e constituição de diretrizes padronizadas de atendimento. Mas, assimiladas as diferentes situações individuais de trabalho de cada um, concluiu-se que a uniformização não conseguiria satisfazer as especificidades de cada setor.

A assistente social do Núcleo de Atendimento Psicossocial da Pessoa Idosa, Raisa Conceição Barbosa de Aquino, descreve atividade de hoje como enriquecedora: "tivemos a oportunidade de conhecer pessoas que vivem entraves e conquistas semelhantes às nossas, mesmo lotadas em unidades diferentes. A troca de experiências foi fortalecedora".