Com o objetivo de promover de forma intersetorial a construção de um plano de ação integrado e a instalação do comitê de prevenção e redução em homicídio de adolescentes na cidade, foi realizado o Diálogo sobre Prevenção de Homicídios de Adolescentes e Jovens em Salvador, que faz parte da IV Reunião Estratégica do GT pró-Comitê de Prevenção e Redução de Homicídios.

O evento é uma parceria da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA com o Fundo das Nações Unidas para a Infância – UNICEF, Vozes da Cidade e a Secretaria de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude – SPMJ, e aconteceu durante o dia todo desta quinta-feira, 21, na Escola Superior da Defensoria Pública da Bahia – Esdep.

A subcoordenadora da Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente, Gisele Aguiar, comentou que as políticas públicas em Salvador precisam ser executadas, pois a situação das crianças e adolescentes é muito precária, e as redes precisam se unir para que estas políticas públicas se fortaleçam em prol de um objetivo comum, que neste caso é a prevenção de homicídios.

Já a coordenadora do escritório do UNICEF em Salvador, Helena Oliveira, explicou que o UNICEF escolheu dez capitais para uma atuação colaborativa, atuando no que é chamado de plataforma dos centros urbanos sobre direitos de infância e adolescência. Os quatro temas prioritários são: homicídios de adolescentes, gravidez na adolescência, exclusão escolar e primeira infância.

“A parceria com a Defensoria tem sido fundamental para proporcionar uma espaço mais ampliado de discussão, estamos muito contentes com a possibilidade de ter este desenho aqui em Salvador”, finalizou Helena Oliveira.

O coordenador técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, doutor em Economia pela PUC e mestre em Economia pela EPGE/FGV, Daniel Cerqueira, acredita que este evento é fundamental para pensar na juventude e sua sobrevivência no futuro. “No Brasil, sobretudo na Bahia, estamos matando jovens cada vez mais jovens e o que tem sido oferecido para resolver o problema?”, indagou Daniel Cerqueira.

“Apenas violência, política da truculência e coerção, não havendo alternativas a isto. Então, em todo o mundo, política de segurança pública efetiva para garantir a vida das pessoas, passa necessariamente pela prevenção social. Temos que dar oportunidade para que aquela criança ou jovem não seja o bandido de amanhã”, respondeu Daniel Cerqueira.

Também fizeram parte da mesa a secretária municipal da Secretaria de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude, Cristina Argiles Sanches e o assessor especial da diretoria geral da FUNDAC, Emilson Piau, que representou o secretário estadual de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, Cezar Lisboa.