COMUNICAÇÃO

Defensoria quer criança com pais biológicos

09/05/2008 17:44 | Por

Revogação da guarda provisória. É o que pretende conseguir a Defensoria Pública na audiência que acontece neste momento, na sede do 1º Juizado Especial da Infância e da Adolescência, na Av. Garibaldi, e resolverá o futuro do pequeno Gabriel Salvador Santos, de 1 ano e 8 meses.

A audiência transcorre a portas fechadas desde 10h30. Não foram permitidos realizações de fotos, imagens nem o acesso da imprensa à sala onde estão a professora Maristela Costa Simões e a vendedora autônoma Rita de Cássia Salvador, que espera obter de volta a guarda do filho.

Maristela está acompanhada do advogado Antônio Leite Matos, que assumiu sua defesa anteontem no lugar de José Edson Araújo, que é assessor jurídico do Juizado. Representando os pais biológicos acompanham os trâmites as defensoras Iracema Érica Ribeiro Oliveira, responsável pelo caso, e Maria Carmen Albuquerque Novaes, subcoordenadora da Defensoria Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente. O pai de Gabriel, Alex Nogueira dos Santos, também está presente.

A não ser algumas testemunhas ainda não-identificadas e que não quiseram se manifestar, mais ninguém está tendo acesso à audiência. Rita só foi chamada para entrar no recinto uma hora depois do começo dos trabalhos. “Estou confiante no trabalho da Defensoria. Desde o começo”, confessou a mãe biológica, dizendo que procurou a instituição há oito meses, desde quando recebeu uma intimação para comparecer ao Juizado e tomou conhecimento da ação de guarda provisória movida por Maristela.

O advogado da professora, Leite Matos, ao chegar na sede do Juizado, fez algumas declarações alegando que não pode entrar em detalhes a respeito do processo, visto que o mesmo transcorre em segredo de Justiça. Apenas afirmou que o pedido de guarda feito pela professora foi justificado.

Ainda não há previsão para término da audiência. Mas as defensoras asseguram que a decisão do juiz Salomão Resedá a respeito do caso sai ainda hoje.

Toda a polêmica do caso se dá pelo fato de que Rita e Alex acordaram em deixar o filho sob cuidados de Maristela enquanto eles vendiam CDs, em uma rua próxima à residência da professora, nos Barris. Inicialmente, ele passava o dia com Maristela, que se dizia amiga dos pais, enquanto trabalhavam. Depois, o casal passou a deixar o menino a dormir na casa dela, quando chovia ou ficava muito tarde. Segundo informou outra filha de Rita, Lana Cássia Salvador Silva, 15, que aguarda do lado de fora, há cinco meses que a professora vem tentando esconder Gabriel e afastá-lo dos pais.