COMUNICAÇÃO

Defensoria realiza segunda reunião com Rede Hapvida após denúncias de discriminação

21/08/2018 17:40 | Por Carine do Carmo (estagiária), com supervisão de Vanda Amorim - DRT/PE 1339

A reunião contou com a presença do superintendente da Rede do plano de saúde

A Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA realizou na tarde desta terça-feira, 21, a segunda etapa de reunião com as três assistidas da comunidade LGBTI, usuárias do Plano de Saúde Hapvida, que relataram terem sido discriminadas em razão da sua identidade de gênero e orientação sexual durante atendimento na rede.De acordo com o defensor público César Ulisses, apesar de não ter sido firmado um acordo no encontro de hoje, a reunião foi proveitosa para ambas as partes, principalmente por ter a presença do representante legal da Hapvida, que demostrou interesse em negociar e resolver os problemas. “Após a minuta do Termo de Ajustamento de Conduta – TAC ser apresentada, foi pedido um prazo de dez dias úteis pelo superintendente da rede para o jurídico da empresa analisar. Com a aprovação do jurídico, será realizada uma nova reunião para discutir as propostas e assim as partes entrarem em um acordo”, relatou o defensor público.

Na ocasião, também foi feito um pedido formal de desculpas pelo ocorrido para as assistidas em nome da empresa. Em relação ao caso das assistidas Priscila Monteiro e Fernanda Albuquerque, foi assumido um compromisso de realocação do segurança que as desrespeitou. No caso da assistida Alana de Carvalho, foi informado pela Hapvida que a técnica de enfermagem que a atendeu pediu demissão, porém, não foi apurada a motivação.

Entenda os casos

As assistidas Fernanda Albuquerque, 21, e Priscila Monteiro, 27, procuraram a Defensoria Pública após receberem comentários e ameaças grosseiras referente a suas orientações sexuais de um segurança, funcionário da Hapclínica Garibaldi, após atendimento na Rede. Todo o episódio ocorreu na frente dos outros pacientes.

No segundo caso, a mulher trans Alana de Carvalho, 36, foi verbalmente agredida de forma preconceituosa diversas vezes, na frente de outras pacientes, após ser encaminhada para a sala de medicação com a pulseira de atendimento contendo o sexo masculino e o seu nome social.

A próxima reunião de mediação foi marcada para o dia 13 de setembro. A expectativa é que nesse encontro se firme um acordo entre ambas as partes.