COMUNICAÇÃO
Defensoria se reúne com Associação das Pessoas com Deficiência do Residencial das Margaridas
Demandas de crianças e adolescentes com deficiência foram solucionadas no encontro
Com o objetivo de encontrar soluções para as demandas de crianças e adolescentes que estudam na Escola Municipal Jardim das Margaridas, a Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA esteve presente na tarde desta quarta-feira, 13, na reunião entre a Associação das Pessoas com Deficiência, a Secretaria Municipal de Educação – SMED e a direção da escola.
A associação foi criada formalmente com o apoio da Defensoria Pública pela Especializada de Proteção aos Direitos Humanos e é composta por mães de crianças e adolescentes com deficiência, moradoras do Residencial das Margaridas – conjunto habitacional do programa Minha Casa, Minha Vida, localizado no bairro Jardim das Margaridas. De acordo com Adilma Souza, presidente da associação, a escola conta com apenas dois profissionais especializados para atender 68 alunos com deficiências intelectuais, autismo e paralisia cerebral, sendo 13 cadeirantes, e dois desses que se alimentam por sonda, além de não ter professores suficientes para as 30 turmas, que contam com quatro alunos especiais cada.
Na reunião, a Secretaria Municipal de Educação informou que 20 profissionais já estão em processo de contratação e a previsão é que comecem a atuar no local a partir da próxima semana. Outra demanda resolvida foi sobre o transporte escolar para os alunos com deficiência. Nesta sexta-feira, 15, os pontos de parada, os horários e a lista dos alunos serão definidos e na próxima segunda-feira, 18, o ônibus obtido através do Programa Caminho da Escola, realizará o deslocamento das crianças do condomínio até a unidade de ensino.
De acordo com a defensora pública Laíssa Rocha, que atua na defesa da criança e do adolescente, a intervenção da Defensoria Pública nesse encontro foi um motivador para o movimento das mães, sendo de extrema importância a presença de representantes da SMED, que levaram resoluções para as questões apresentadas anteriormente.
As mães que estiveram presentes na reunião, consideraram o encontro muito satisfatório. Inaína do Rosário, que é vice-presidente da associação e mãe de Rafaela, 6, portadora de microcefalia e paralisia cerebral, parabenizou os envolvidos pelo resultado. “É nítido que eles estão tentando resolver as questões pendentes e estamos confiantes, vamos respeitar o tempo que eles precisam para dar um ponto final nos problemas”.
Segundo a defensora pública Cláudia Ferraz, que atua na proteção dos direitos das pessoas com deficiência, as reuniões são uma porta de entrada para as demandas dessas mães, que vivem a espera de respostas: “Hoje, a Secretaria Municipal de Educação nos deu um retorno sobre os problemas que havíamos apresentado na reunião anterior, com relação aos profissionais de apoio, a adequação para o atendimento educacional especializado, o transporte escolar, além das questões de acessibilidade”.
Antônio Carlos Barbosa, vice-presidente do Conselho Municipal das Pessoas com Deficiência – COMPED, também participou do encontro e ressaltou que o mais importante é entender que todos os agentes estão procurando fazer, sem muita dificuldade, com que a inclusão de fato aconteça. “Essas crianças podem dentro das suas possibilidades, ter uma boa educação e um melhor desenvolvimento, pois não há inserção social sem inclusão escolar”, ressaltou Antônio.
Participaram também da reunião, o gerente regional de educação de Itapuã, Gustavo Oliveira; a gerente da SMED, Gerusa Santana; a coordenadora de inclusão educacional e transversalidade da SMED, Jaqueline Araújo; a secretária e representante do conselho fiscal da associação; Patrícia Campos e Elineide Neves, além diretoria da unidade de ensino.