COMUNICAÇÃO

Defensoria se reúne com professores e apresenta diagnóstico feito por pais de alunos sobre educação

21/10/2011 16:42 | Por

Na manhã de ontem (20), a Defensoria Pública, dando continuidade as ações para garantia do direito à educação que vem sendo realizadas junto à Escola Municipal de Pernambués, que comporta 490 alunos, se reuniu com os professores para apresentar o diagnóstico dos problemas e possíveis soluções levantados pela comunidade. O diagnóstico apresenta três grandes focos de atuação, sendo eles a família, a escola e o aluno, que deve ser trabalhado de forma integrada para obterem resultados satisfatórios no que se refere a efetiva educação. Um dado relevante é que os alunos que são acompanhados pelos pais, inclusive nas reuniões escolares, tem rendimentos positivos comprovado.


PAra o levbantamento, foram formados grupos composto por familiares dos alunos; professores e representante da Defensoria que estimularam o debate e levantaram as principais problemas. Foram detectadas a dificuldade dos pais no acompanhamento e monitoramento dos estudos dos filhos; dificuldade para identificar multicausalidade do sucesso ou fracasso escolar; conflitos familiares que incidem no desempenho escolar dos filhos;violência nas escolas; falta de estrutura e recursos para garantir uma educação integral aos alunos; além da dificuldade de aprendizagem dos alunos. Na visão dos pais, as causas desses problemas estão na dificuldade de tempo para o acompanhamento dos estudos dos filhos; muitos atribuem o fracasso escolar exclusivamente ao professor ou escola; culpam os filhos pelos comportamentos inadequados sem a reflexão de que as crianças respondem ao ambiente em que estão inseridas e que a implicação da escola e da família são determinantes para o sucesso ou fracasso escolar, além da ausência da figura paterna, violência doméstica, entre outros.


Como solução foram identificadas a necessidade da aproximação e fortalecimento das ações entre a família e escola; reforço e acompanhamento escolar no turno oposto ao das aulas, oferecido pela própria escola; trabalhar a questão feminina, inclusive violência contra a mulher; empoderamento dos pais para formas mais atuantes na relação escola-criança. "Estamos trabalhando o vínculo entre a Defensoria, Escola e família. Nosso papel é fazer essa ligação, identificar as dificuldades e cobrar das autoridades competentes", disse a subcoordenadora da Especializada da Infância e Juventude da Defensoria.


Na reunião de ontem ficou definido que é necessário uma maior interação dos pais no convívio escolar. Para isso ficou pré agendado uma ação de integração para o dia 25 de novembro, com oficinas que envolverão palestras sobre a importância da família; violência doméstica, além de atividades lúdicas que serão desenvolvidas pelos professores com os pais dos alunos e atendimento jurídico prestado por defensores públicos. Também ficou acordado que a Defensoria irá agendar reuniões com diretores e Secretaria de Educação para cobrar dos gestores públicos mais estrutura, como a capacitação dos professores, presença de coordenador pedagógico, que a escola não possui, além de profissionais de arte, educação física e educação inclusiva.


"Se tivermos capacitação, até mesmo para crianças especiais, nosso trabalho será melhor desenvolvido. Precisamos de estímulos para poder repassar isso e resultar num bom ensino", enfatizou a professora Naisa Santana. Para a vice diretora, Cleide Morais, "precisamos de capacitação para os professores, estrutura física, envolvimento e estímulo para os pais. Nosso sonho é ter uma sala de leitura, é poder repassar um bom aprendizado para nossos jovens". A reunião foi conduzida pela defensora pública Fabiana Miranda, e contou com a presença das defensoras públicas Mariana Tourinho, Cristina Ulm, da psicóloga Lilian Ferreira, que atua no Núcleo Psicosocial da Defensoria, pelo representante comunitário Manoel Messias, e servidores de instituição.