COMUNICAÇÃO

Defensoria se reúne com Projeto Axé para tratar de diagnóstico sobre crianças em situação de rua

23/08/2016 22:41 | Por Jéssica Carvalho - Estagiária (texto e foto)

Encontro discutiu proposta de atuação conjunta entre as instituições

Atuação coletiva. Esse foi um dos pontos levantados durante reunião entre a Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA e a organização sem fins lucrativos Projeto Axé, que tratou da necessidade de levantamento de dados quantitativos e qualitativos para a proteção efetiva de crianças e adolescentes em situação de rua. O encontro, que ocorreu na tarde desta terça-feira, 23, na sede da Defensoria, discutiu a viabilidade de uma atuação conjunta entre as duas instituições, de forma a mapear e entender o perfil destes jovens, direcionando a formulação de políticas públicas.

Para o defensor público geral do Estado, Clériston de Macedo, a proposta de um trabalho conjunto entre as duas entidades é benéfica principalmente para a sociedade civil. "A Defensoria Pública tem sensibilidade à proposta e sabe que é algo que tem uma importância que vai além da instituição e alcança, principalmente, as pessoas que mais precisam das políticas públicas de proteção do estado", afirmou.

QUANTITATIVOS

A proposta de apoio para a contagem e mapeamento de pessoas em situação de rua inclui não apenas dados quantitativos, mas também dados qualitativos sobre essa população. A psicóloga e professora Juliana Prates acredita que a base de atuação deve vir de diagnósticos consistentes. "Muito mais que os dados gerais, são necessários dados mais aprofundados. Deve-se verificar, por exemplo, qual a população de adolescentes e crianças em situação de rua e a partir disso responder por que essas crianças estão saindo da escola, de onde elas vêm, como atendê-las", declarou.

A defensora pública Ana Virgínia Rocha, titular da Curadoria Especial da Criança e Adolescente e coordenadora do Grupo de Estudos Acolher, vê na proposta uma forma de atuação estratégica da Defensoria Pública. "Esse diagnóstico é importante, pois, vivemos em um cenário com uma quantidade reduzida de defensores de um lado e, do outro, uma quantidade muito grande de demandas. Precisamos atuar de forma estratégica e, para isso, os dados qualitativos são muito importantes", acredita.

Também participaram da reunião o coordenador de Arteeducação do Projeto Axé, Marcos Cândido, a coordenadora executiva das Especializadas da Defensoria na capital, Gianna Gerbasi. e o defensor público Bruno Moura, que atua na especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente.