COMUNICAÇÃO

Diagnóstico da população em situação de rua em Salvador é apresentado com participação da DPE

26/04/2017 19:01 | Por Luana Rios DRT/BA 4867 (texto e foto)
Defensoria baiana está apoiando realização da segunda parte da pesquisa, que fará tratamento qualitativo dos primeiros dados apresentados

A Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA participou nessa quarta-feira, 26, da abertura do Seminário “Cartografias dos Desejos e dos Direitos da População em Situação de Rua na Cidade do Salvador, Bahia, Brasil”, quando foi apresentada a primeira parte da pesquisa realizada pelo Projeto Axé em parceria com a Universidade Federal da Bahia – UFBA e com o Movimento de População de Rua. Em Salvador, de acordo com o estudo realizado, são no mínimo 14 mil pessoas em situação de rua. A segunda parte da pesquisa, que será qualitativa, contará com o apoio da Defensoria baiana. A subcoordenadora da Curadoria da DPE, Mônica Aragão, e a defensora pública Ana Virgínia, responsável pelo projeto Acolher, acompanharam a apresentação no Portobello Hotel, em Ondina. O seminário seguirá até sexta-feira, 28.

Segundo a defensora pública Ana Virgínia, a DPE pode atuar estrategicamente na proteção dos direitos das pessoas em situação de rua, que também inclui crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, no momento em que há um diagnóstico da capital baiana. Em parceria com a Defensoria, haverá a segunda parte da pesquisa com o tratamento qualitativo dos dados iniciais. “Vamos poder conhecer melhor essa criança e esse adolescente no contexto familiar, no contexto da situação em que ele vive, quais são os desejos, os direitos mais vulnerabilizados… Com esses dados, podemos atuar estrategicamente tanto na área protetiva quanto no fomento de políticas públicas”, explicou a defensora pública.

Ao destacar a importância da pesquisa como orientadora para a atuação da DPE, a subcoordenadora Mônica Aragão espera que a pesquisa possa ser aplicada não só em Salvador como todo o Estado. “A Defensoria Pública tem de avançar e começar a fazer esses convênios para que possamos fomentar pesquisas, termos dados e saibamos onde atuar, como atuar. Isso é importante até na hora que há um debate mais amplo de onde colocar defensores públicos”, afirmou.

Coordenadora Nacional do Movimento População em Situação de Rua, Maria Lucia Santos, avaliou como positiva a aproximação da Defensoria Pública com essa parcela da população na Bahia. “A Defensoria fazer parte dessa segunda parte da pesquisa, apoiando como colaboradora, como a maior incentivadora que nós tínhamos para mim não é muita surpresa porque é uma Defensoria Pública que realmente sabe qual é o seu papel, que não é o escritório, que vai para as ruas”, opinou.